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Carnaval e resgate ao patrimônio

Os dias de folias carnavalescas passaram, muitos se divertiram, dançaram e curtiram as festas. Outros aproveitaram um feriado prolongado para descansar, assistir uma série, ler. Outros, ainda, viajaram para “calibrar” as energias e começar para valer o ano de 2023. O fato é que o Carnaval é uma festa que se tornou um patrimônio no Brasil, seja pelas festividades ou mesmo pelo próprio feriado em si.

Como já escrevi em outros textos, muito do que publico aqui no dedinho de prosa é inspirado em situações do cotidiano e, diversas vezes, inspirado no momento que estou vivendo. Diante disso, não posso deixar de escrever sobre uma experiência inusitada em minha vida, daqueles aprendizados que a gente adquire estando na gestão pública, mais especificamente como gestor de Cultura e Turismo de um município, no caso Cabreúva.

O Carnabreúva é uma festa reconhecida regionalmente, atraindo moradores locais e turistas da região, fator importante para a movimentação econômica em uma cidade que, de acordo com censo de 2010, possui aproximadamente cinquenta mil habitantes. Neste ano, procuramos mesclar elementos tradicionais de um carnaval de rua, com bloquinhos e tudo mais que a ocasião pede com elementos de músicas e danças da atualidade. O resultado foi um sucesso.

Voltando o olhar para o resgate cultural da cidade, das práticas de identidades do cabreuvano, tivemos a participação da famosa Banda São Roque, uma banda de marchinhas que, daqui a três anos completará cem anos de existência e brilhantismo na cidade. A banda se apresentou em três ocasiões durante o carnaval cabreuvano, duas delas embalando matinês com público de todas as idades.

Vale destacar a participação do Bloco do Marisco, importante elemento cultural na cidade que desfilou pelas ruas do centro na madrugada de segunda-feira para terça-feira com o trio elétrico puxando uma multidão animada.

Após intenso diálogo entre o Poder Público e membros da diretoria da Escola de Samba Barriga Verde, houve a retomada das atividades dessa importante manifestação da cultura e tradição local que desfilaram pelas ruas do centro tal como gosta o povo local. Barriga Verde existe desde a década de 1960.

Pois é, meu amigo leitor e amiga leitora, com um olhar mais atento para com a valorização dos patrimônios locais, um Carnaval se torna ainda maior, se torna uma prática de resgate de elementos culturais, de valorização daquilo que é feito pelo povo para o povo, isso também é política pública.
Um bom fim de semana a todos.

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