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Em meio a críticas de vereadores e população, Prefeitura se esforça para se livrar dos buracos

Basta uma rápida volta pela cidade para se perder na conta de quantos buracos existem nas ruas do município. O número e as dimensões deles são tão grandes que fica difícil quantificar.

Resultado: vereadores e população colocaram o prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) e o vice Edemilson Santos (Podemos) no centro das suas críticas. “Só tem dois jeitos de a Prefeitura tapar os buracos: ou fazer um Carnaval ou o vice-prefeito morar no Celani”, disse o vereador Fábio Jorge (PSD), ironizando o recapeamento feito apenas na passarela dos desfiles e no Jardim Celani. Ou “Se não for tapar os buracos na região do Santa Cruz, avisa a gente que aí faremos uma vaquinha para comprar um caminhão de concreto e taparmos os buracos”, disse José Benedito de Carvalho (Solidariedade), o Macaia.

Se a pressão não acabou com os buracos, ao menos fez a Prefeitura trabalhar mais. Um levantamento feito pelo PRIMEIRAFEIRA junto à Secretaria de Obras constatou que um total de 35 mil metros quadrados de buracos foram tapados e vias recapeadas só nos dois primeiros meses deste ano.
O número corresponde a 34,05% do total de buracos tapados e vias recapeadas em todo o ano de 2022, quando a Secretaria chegou ao resultado de 102.762,88 metros quadrados.

Segundo a Prefeitura, nesse trabalho não há números exatos, já que o quantitativo é estipulado não somente em cálculos, mas também em estimativas e projeções quanto ao consumo de insumos, tanto da equipe interna da Prefeitura quanto da empresa terceirizada.

Para garantir o resultado e reverter as críticas, o prefeito Laerte Sonsin Júnior dobrou e reforçou as equipes de tapa-buracos e recapeamento de vias. “Normalmente, trabalhamos com uma equipe da Prefeitura e outra de uma terceirizada. Agora dividimos a nossa equipe em duas e reforçamos o seu contingente e contratamos mais uma equipe da terceirizada e esta com sete pessoas”.

Mas o prefeito reclama que a maioria das cidades enfrenta o mesmo problema devido ao volume excessivo de chuvas deste ano. O prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), fez a mesma queixa esta semana.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña tem provocado mais chuvas neste ano. O instituto apurou que fevereiro foi o terceiro mês mais chuvoso em 81 anos de medição do órgão. A Universidade de São Paulo apurou que janeiro foi o quarto mais chuvoso em 106 anos, desde quando a universidade começou a medir o volume de chuvas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

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