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Presidente do Inevat alerta na Câmara sobre risco de privatização da Emae para a qualidade do Tietê

O engenheiro Ismar Ferrari, presidente do Instituto de Estudos do Vale do Tietê (Inevat), foi à Câmara de Vereadores, na terça-feira (28), para pedir apoio na tentativa de impedir a privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A (Emae), responsável pela usina hidrelétrica de Pirapora do Bom Jesus. O governo do Estado iniciou o processo de privatização em fevereiro.
“Acabamos de concluir um relatório que servirá de apoio para uma solicitação junto à Promotoria Pública de Sorocaba. Nossa preocupação é que, se esse leilão ocorrer e alguma empresa obter autorização de trabalho, nós teremos um problema gravíssimo, pois não poderemos mais continuar nossa luta pelo fechamento do túnel da usina de Pirapora. Se o leilão sair, vai ser muito difícil eliminar aquele túnel. O problema é muito crítico”, disse.
O túnel a que o engenheiro se refere foi construído em 1992, quando o então governador Luiz Antônio Fleury Filho (MDB) contratou uma empresa para projetar um extravasor na barragem de Pirapora. O túnel então funciona como uma galeria subterrânea construída a partir do fundo de uma represa, que, quando acionada, desvia a água represada com uma maior velocidade de escoamento.
Ismar diz que o túnel pega o lodo do fundo do reservatório com metais pesados, microorganismos anaeróbicos e produtos químicos e joga tudo para o Tietê no interior. Salto recebe tudo isto.
Além do presidente do Inevat, também usou a Tribuna Livre a cidadã Terezinha de Lourdes Cassamatta Almeida, que falou sobre apoio aos pais de crianças, jovens e adultos PCD.
Não houve projetos votados na sessão, entretanto foram aprovados dois votos de congratulações: um direcionado à OAB Salto, pela inauguração da nova sede, e outro à EPM Empreendimentos, pelos 20 anos de trabalho prestado.
O vereador Fábio Jorge (PSD) apresentou o projeto de lei número 30, que estabelece uma política anti-bullying nas escolas. A proposta prevê a realização de palestras e treinamento de professores e funcionários da rede, além da criação de um caderno de registro de bullying. A ideia surgiu como forma de combater casos como o da Escola Estadual “Thomazia Montoro”, na Vila Sônia, em São Paulo, onde uma professora morreu assassinada por um aluno.
O também vereador do PSD, Vinícius Saudino, já é autor de uma lei, a 3.874, de 2021, que toca no mesmo assunto. A legislação institui o “Dia Municipal de Prevenção e Combate ao Bullying Escolar”, que deve ser realizado anualmente a 7 de abril.

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