Estudantes que frequentam o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, no campus de Salto, se arriscam diariamente entre os carros na avenida dos Três Poderes. Como a via não tem calçadas em vários trechos, para poder estudar, eles são obrigados a andar na rua em quase todo o trajeto da avenida se expondo a acidentes e assustando os motoristas.
Procurada para informar o que pretende fazer, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura informou já ter notificado todos os proprietários de terrenos da avenida dos Três Poderes para que eles façam calçada na frente dos seus imóveis. Esta é uma obrigação do dono de terreno, segundo a administração, e alguns proprietários aderiram e construíram as calçadas.
“Está no cronograma da Prefeitura a realização de um novo levantamento ‘in loco’ para verificar quais proprietários de imóveis fizeram a calçada e assim efetivar uma nova notificação”, informou a secretaria, mas sem dizer quando deverá ocorrer esse levantamento, tampouco se algum auto de infração foi aplicado.
O local ainda é pacato devido aos poucos estabelecimentos instalados e ao reduzido número de moradias construídas. Porém, o problema existe para pedestres e motoristas. A falta de calçadas obriga que os pedestres caminhem pela rua em meio aos carros. Além da falta de calçadas, também devido a alguns carros ficarem estacionados. “Ainda bem que são poucos os carros”, disse um estudante em uma rápida conversa com o PRIMEIRAFEIRA.
A situação para os pedestres fica ainda pior em dias de chuva, nos quais caminhar pela rua pode deixar o cidadão molhado e caminhar pelo local onde deveria haver a calçada pode deixá-lo enlameado e sujo, já que nesse local há apenas mato e terra, que com a chuva se torna barro.
O PRIMEIRAFEIRA esteve no local e pôde constatar as dificuldades de quem utiliza a via, tida como uma das mais importantes para o desenvolvimento comercial e residencial da cidade. “Nós utilizamos essa avenida para caminhar, porque ainda é um lugar tranquilo, mas já vem dando mostras das dificuldades que teremos. Nos últimos meses cresceu o número de carros por aqui, alguns deles até imprudentes. Por isso, tento vir sempre fugindo dos horários de pico”, falou Antônio Oliveira, que caminhava com a esposa.
A reclamação não é apenas dos pedestres: os motoristas também ficam receosos com a situação. O sobe e desce da via, por vezes, impossibilita ver alguns trechos e, com os pedestres trafegando pela rua, o risco de um atropelamento cresce muito.