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Tabagismo

O vício do tabaco sempre assolou a humanidade, desde os rudimentares cigarros de palha, passando por cachimbos, charutos e hoje, com os “modernos” cigarros eletrônicos.
O marketing da indústria tabagista sempre vendeu uma imagem de sucesso, status social, que agrupava jovens, ignorando solenemente os graves malefícios que o tabaco produzia não só nos usuários como também nos que conviviam com eles.
Oito milhões de pessoas no mundo morrem anualmente vítimas do consumo de cigarros e segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS), 9,1% da população adulta brasileira é dependente, ocasionando 161 mil mortes anuais no país.
O cigarro é responsável por 30% de todos os cânceres, 90% dos cânceres de pulmão, 75% dos casos de bronquite e enfisema pulmonar; e 25% dos casos de infarto do miocárdio.
Outras consequências do tabagismo: osteoporose, gastrite, úlcera péptica, impotência sexual, abortos espontâneos e câncer de bexiga. Estudos preveem diminuição da sobrevida em 10 anos nos tabagistas crônicos.
Mulheres que usam anticoncepcional e fumam tem risco dez vezes maior de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e trombo-embolismo.
Existe um aumento de risco carcinogênico em indivíduos que combinam cigarros e bebidas alcoólicas em grande quantidade, principalmente câncer de boca, de laringe e de esôfago.
A dependência farmacológica do cigarro é ocasionada pela nicotina. A iniciação ocorre geralmente na adolescência e está relacionada com motivação psicossocial e rebeldia própria da faixa etária.
O tratamento deve ser iniciado com indivíduos que realmente desejem parar de fumar. A abordagem deve primeiramente indicar os malefícios que o tabagismo traz ao usuário e à sua família. O fumante passivo inala aproximadamente 4 mil substâncias nocivas que o cigarro contém, podendo sofrer as mesmas consequências que o indivíduo que está fumando perto dele.
Um plano de abandono do vício deverá ser montado entre o paciente e o médico, que irá monitorar o tratamento. Aconselha-se que seja gradativo este abandono e sua duração vai depender do grau de dependência do usuário. É importante lembrar que mesmo com a medicação adequada, o sucesso do tratamento está diretamente ligado ao grau de disciplina, comprometimento e força de vontade do paciente.
A abstinência poderá provocar crises de ansiedade que serão atenuadas com a prescrição adequada de medicamentos, prática diária de exercícios físicos e apoio familiar durante o tratamento.
Seguindo as orientações médicas, no prazo de 3 a 6 meses o indivíduo apresenta melhoras significativas no combate ao tabagismo e, em muitos casos, conseguindo se libertar do vício.
Existe cura para este vício e os órgãos afetados pelo uso do cigarro conseguem ir se recuperando quando ocorre a parada do consumo da nicotina. Em estudos recentes houve um aumento na expectativa de vida em mais de 10 anos entre indivíduos que conseguiram abandonar o tabaco.

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