Prefeitura asfalta ruas onde há tubulações de ferro que precisarão ser trocadas pelo Saae

Iniciado no último dia 17 de julho, o programa de pavimentação da Prefeitura de Salto pode resultar em prejuízos para a população. É que algumas vias da primeira etapa ainda possuem tubulações de ferro para o fornecimento de água e terão de ser substituídas. Isto implicará na quebra do asfalto novo e em remendos.
Questionada a respeito pelo PRIMEIRAFEIRA, a Prefeitura informou que as obras estão sendo feitas em acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae). Já a autarquia justificou que não há previsão ainda de quando deverá haver a troca das tubulações nessas vias agora asfaltadas.
O Saae acrescentou que as ruas com tubulações de ferro do programa de pavimentação passaram por uma sondagem de possíveis vazamentos e nada foi detectado. Ainda informou que as tubulações de ferro não são um agravante para problemas de vazamentos, por exemplo, pois o problema das redes de ferro da cidade não está no material delas, mas sim por se tratar de tubulações antigas.
A autarquia divulgou em nota que Salto possui 632,4 quilômetros de rede de água hoje, incluindo adutoras de maior porte e ramificações locais, mas não soube informar ao certo quanto desse total são tubulações de ferro, PVC ou PEAD (Polietileno de Alta Densidade). Segundo o Saae, ainda está sendo trabalhado esse mapeamento.
O programa de pavimentação da Prefeitura, anunciado pelo prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) como o maior da história da cidade, prevê atingir 30 quilômetros, englobando 78 ruas em 20 bairros, com investimento de R$ 40 milhões. O início aconteceu no dia 17 pela Rua Toscana, na Vila Roma. Posteriormente, passou pelas Ruas Melvin Jones e Carlos Gomes, no Jardim Santo Antônio.
A Prefeitura programa que as próximas vias a serem atendidas sejam as Ruas Campos Sales, Cesário Mota e General Glicério, na Vila Nova, e essa obra deve acontecer no início de agosto.
Para moradores das vias atendidas na primeira etapa, realizar a pavimentação das ruas é algo importante e bom para a população, mas alguns dos ouvidos pelo PRIMEIRAFEIRA questionaram o motivo de se fazer a pavimentação onde ainda há tubulações de ferro antigas que terão de ser trocadas. “É dinheiro jogado fora”, disse Eric Santos, um desses moradores que residem em rua agora asfaltada.