Circula entre os vereadores de Salto um projeto de resolução, que já conta com o apoio de seis deles, segundo o PRIMEIRAFEIRA apurou, propondo um aumento de salário para eles mesmos e a ampliação do número de vagas na Câmara.
O valor do aumento pleiteado por enquanto é a equiparação com o salário dos secretários municipais. Hoje um vereador em Salto ganha R$ 7.500,00 e os secretários estão com R$ 12.350,00. Mas os salários dos vereadores podem chegar a R$ 21 mil, porque são baseados nos salários dos deputados estaduais.
A proposta vai na onda que já pegou 25 cidades do interior de São Paulo com projetos de aumentos entre 40% e 199%.
Em relação ao número de cadeiras, a ideia é atualizar com a faixa constitucional de acordo com a população a partir da divulgação do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a intenção não é chegar no topo. Com mais de 140 mil habitantes, Salto pode ter até 19 cadeiras. Os vereadores pretendem aumentar das atuais 11 cadeiras para 15.
Todas as mudanças, se e quando aprovadas, valerão para a próxima legislatura, ou seja, só a partir de 2025.
Questionado pelo PRIMEIRAFEIRA, o presidente da Câmara, Edival Pereira Rosa (União Brasil), o Preto, informou que ainda não há previsão para que esse projeto seja apresentado, pois ainda está sendo discutido e estudado pela Câmara. “O tema do possível aumento no número de vereadores e de seus subsídios ainda está sendo estudado pela Câmara”, informou em nota.
Entre os vereadores que se pronunciaram a respeito, Antônio Cordeiro (PT) se posicionou contra. “Não dá para aumentar nesse momento a quantidade de vereadores nesta Casa. É despesa a mais para os cofres públicos. Assim como não dá para aumentar o salário dos vereadores”, disse.
Já Gideon Tavares (Podemos) se disse favorável tanto ao aumento de cadeiras quanto de salário. “Sou favorável que o subsídio dos novos vereadores seja regularizado de acordo com as perdas inflacionais e sou favorável que a Câmara volte a ter pelo menos 15 vereadores. Se a lei permite até 19 e a nossa cidade cresceu absurdamente para 140 mil habitantes, a representatividade precisa melhorar”, finalizou.