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Escolas de Salto podem ficar sem a presença de vigilantes a partir de outubro

A série de crimes ocorridos em escolas por todo o país gerou uma enorme comoção no início deste ano e motivou diversas ações dos poderes públicos para garantir mais segurança aos alunos. Em Salto, um contrato emergencial foi firmado após algumas semanas de discussões para a inclusão de vigilantes nesses espaços educacionais, a fim de proporcionar mais segurança para pais e educadores.
Porém, menos de seis meses depois, essa medida emergencial acabou ficando de lado. Isso porque, o contrato firmado com a empresa de segurança de Indaiatuba termina em 1º de outubro e não será renovado. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Salto. O Executivo justificou que o contrato não será renovado por ser emergencial.
Como uma licitação para contratação de uma empresa especializada ou de profissionais ainda não foi iniciada e, caso seja, dura, em média, 90 dias, as escolas locais deverão ficar sem vigilantes até o final do ano letivo. A Prefeitura de Salto destacou que “o debate no âmbito das forças policiais prossegue”, sem dar detalhes sobre uma nova contratação. “Salto é uma cidade segura. A presença dos vigilantes, sem dúvida, gera a sensação de mais segurança. Nesse período, não houve intercorrências relevantes. Não obstante, o debate sobre o tema é permanente”.
O debate ganhou repercussão na Câmara de Vereadores, com alguns dos parlamentares falando sobre o tema. Enquanto José Benedito de Carvalho (Solidariedade), o Macaia, reclamou o fato de um edital não ter sido feito durante o contrato emergencial, para que o município não ficasse sem vigilantes nas escolas, Vinícius Saudino (PSD) cobrou a Secretaria de Educação sobre o risco aos estudantes.
“As escolas municipais estão sem monitoramento (por câmeras) desde o ano passado. Nossos filhos estão correndo perigo. E muitos diretores e professores têm medo de falar para não sofrer retaliações e perseguições. Agora, nossos filhos não terão controladores de acesso e não terão câmeras de monitoramento. Teve, recentemente, um caso de uma escola que foi invadida e não se sabe o invasor porque não havia câmeras. Se acontecer qualquer problema com um filho de qualquer contribuinte da cidade, a responsabilidade vai cair sobre as costas da senhora (secretária de Educação, Anna Noronha)”.
Em relação às câmeras de monitoramento, a Prefeitura informou que está fazendo a instalação dos equipamentos nas escolas e a previsão de funcionamento é para o final deste mês.

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