Neste sábado (30), a administração municipal devolve aos moradores de Salto e aos turistas que aqui visitam o Parque Rocha Moutonnée, fechado desde julho de 2022, e faz, com isto, uma aposta nas atrações elaboradas para o evento no sentido de dar luz finalmente ao turismo, uma área que nunca valorizou à altura.
A considerar que o parque recebeu playground, espaços lúdicos para fotos, nova fachada, teve restauradas as réplicas de dinossauros compradas da China na gestão passada e a aquisição de quatro novas réplicas, com destaque para o Tricerátops, de mais de sete metros de altura, e o Braquiossauro, de 15 metros, uma das maiores do país, segundo a Prefeitura, é de esperar muito sucesso.
Tanto que o próprio governo já implantou para a reabertura o agendamento de visitação, o que fará com que a curiosidade pelas atrações aumente, já que brasileiro adora fila. De início serão 50 agendamentos para cada 30 minutos, mas a experiência será reavaliada com o correr do tempo para ver se se mantém ou se ganha alterações mais funcionais em razão da demanda.
De imediato, o agendamento deve causar não só a curiosidade e a fila, mas também algum dissabor. Afinal, o tempo estabelecido parece pequeno para que alguém conheça e a aprecie todas as atrações e ainda limita muito o passeio. De qualquer forma, o que se espera é que dê certo e que possa ser minimamente desgastante para os moradores locais e para os turistas que forem lá.
Afora a reabertura do parque, a gestão do prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) tem investido em um projeto de divulgação das atrações turísticas e das tradições culturais da cidade por meio de adesivos nos pontos de ônibus e nos terminais rodoviários em frente ao Pavilhão das Artes e ao novo Centro Cultural, o que deu um novo visual para esses locais e trouxe ainda mais informação.
Os adesivos mostram o Monumento à Nossa Senhora do Monte Serrat, a conhecida Santa; o próprio Parque Rocha Moutonnée; a Fábrica da Brasital; o cineasta Anselmo Duarte, o único brasileiro, que é de Salto, a ganhar a Palma de Ouro em Cannes, na França; a Cachoeira do Tietê; a Festa do Salto; e um interessante compilado de expressões tipicamente usadas por moradores locais.
Ambas as iniciativas devem ser aplaudidas, posto que o turismo é uma fonte de renda e de geração de empregos descomplicada e à disposição de Salto. Não a usar, seja para privilegiar a indústria ou por outras razões menores, é um despropósito. A retomada traz esperança de que o tempo perdido possa ser ainda recuperado.