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Preservar? Pra quê?

Uma das questões que faço na hora de refletir acerca da preservação do patrimônio histórico é “preservar pra quê”? Na verdade, tal questionamento se desdobra em diversos outros como: o que preservar? Como criar mecanismos de preservação? É possível pensar em políticas públicas de preservação do patrimônio histórico, seja o material ou mesmo o registro e apoio ao patrimônio imaterial? Como a sociedade pode se beneficiar, ou mesmo ser protagonista no processo de proteção a determinado patrimônio?
É claro que o espaço que tenho disponível nesta coluna do jornal não me permite responder tais perguntas, ao menos todas de uma vez, sendo questionamentos que levo para a atuação como profissional na área, porém tal espaço é oportuno para nossas prosas, afinal de contas, ao ler um texto aqui no “Um Dedinho de Prosa” e dialogar com ele, estamos batendo um papo.
Pois bem, recentemente o Jornal PRIMEIRAFEIRA trouxe uma reportagem de um imóvel em Salto que foi demolido, um antigo casarão localizado à Rua Marechal Deodoro. Segundo a reportagem, citando o poder executivo municipal, “a demolição se deu após comprovações de problemas estruturais, que poderiam acarretar riscos a quem estivesse dentro ou até mesmo fora do imóvel.” A demolição aconteceu após análise e aprovação do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural.
Está sendo comum observarmos construções que contribuem para a memória, que contam histórias e são símbolos de uma época ou mesmo de determinados grupos e que poderiam ser usados com finalidades pedagógicas e/ou críticas, que são parte da história local, sendo colocadas abaixo. Não estou dizendo que é o caso do referido imóvel, mas, muitas vezes, tais destruições ocorrem por especulações imobiliárias, interesses financeiros de grupos ligados a empresários ou mesmo políticos, deixando de lado a importância de se preservar a história e memória de um local.
É possível pensar em políticas públicas para a salvaguarda do patrimônio local? Sim. O último texto desta coluna foi um exemplo disso, um inventário e criação de leis com tais finalidades, todas com a participação da população local, sendo assim, com vínculo e identidade daqueles que de fato são agentes na história cotidiana da cidade. A nossa conversa de hoje aponta o Conselho na cidade de Salto específico para tal finalidade, isso é política pública. Porém, a pergunta que faço aqui é: haveria outra possibilidade a ser estudada pelo Conselho? Não seria possível um projeto de restauro captando recursos em esferas estaduais, federais ou mesmo no âmbito privado? Se fosse possível a preservação, qual finalidade prática (pois a teórica já sabemos) poderia ser dada ao imóvel? Museu, biblioteca, espaço turístico, algum comércio que case o desenvolvimento econômico com a preservação do patrimônio local… possibilidades para que a gente possa refletir e prosear, afinal, sabemos bem a importância da história e memória para o desenvolvimento de um município, espero que um dia eles também saibam.
Um bom fim de semana a todos!

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