Você vai ler este texto agora e vai pensar: Nossa, isto descreve fulano, aquele folgado, rs.
É gente que aproveita do bom coração de outras pessoas, só pensa em si e ultrapassa os limites do bom senso.
É a falsa vítima do mundo, que traz no olhar uma tristeza fingida.
Aos poucos se torna um folgado profissional, que não suporta seguir regras, que se sente mais esperto que todos e que vive cobrando uma dívida do universo.
Os folgados estão em toda parte do mundo, sempre a se apoiarem em alguém, a sugar suas energias, criando desculpas e barreiras que os impedem de ser alguém independente.
Mentem bastante também.
Na fala, são eloquentes, sedutores. Seus discursos são moralistas e cheio de palavras difíceis.
Entretanto, chega um momento em que os corações moles também enrijecem e se cansam de suprir necessidades e desejos desses folgados, que fazem disso, meio de vida, o seu objetivo é alimentar sua falta de vergonha.
Meu amigo Tavinho me contou que uma época atrás ele saía pelas cidades vizinhas vendendo de tudo: cinto, rede, carteira, Ray-ban, limpador de para-brisa, capa de banco, trava de volante etc.
Na cidade de Milindrópolis tinha um mendigo que ficava na praça pedindo esmolas.
Tavinho morria de dó do mendigo e toda vez que passava pela praça, ele dava cinco reais pro mendigo.
Um dia Tavinho deu dois reais, o mendigo já fez uma cara de poucos amigos.
Passado um tempo, Tavinho passou novamente pela praça e deu um real para o mendigo, que, se sentindo ofendido, foi logo questionando Tavinho:
Você sempre me dava cinco reais, a outra vez me deu dois reais e hoje só meu deu um real? O que está acontecendo?
Tavinho justificou:
Eu me casei. Então passei a poder dar dois reais. Agora tenho filho e só posso lhe dar um real.
O mendigo questionou de novo:
Bonito, hein? Sustentando a sua família com o meu dinheiro?
kkkkkkk