São muitas as pessoas que se dizem teimosas e até gostam de ser reconhecidas como tais. Outras são muito teimosas e não se reconhecem assim e buscam justificativas para permanecerem em um determinado comportamento ou opinião desgastada.
A teimosia vai muito além de uma característica de personalidade e o quanto manter-se insistente pode ser prejudicial em sua vida.
A teimosia não é inocente e muito menos engraçada. Aqui, não falamos da teimosia infantil, aquela em tom de birra, que deseja provar que algo pode dar certo mesmo que tudo indique o contrário.
Nesta abordagem, a resposta para o que é teimosia vai mais além. Falamos sobre aquela insistência em conservar uma postura que não está funcionando e, ainda assim, acreditar que vai alcançar o inalcançável.
Mais do que uma perda de tempo, adotar essa atitude machuca, seja você ou a outra pessoa envolvida. Às vezes, parece que isso está longe da nossa realidade, mas não está.
Semana passada o pessoal estava no armazém conversando, fazendo compras, jogando um baralhinho e, de repente, passou uma cobra pela frente deles e entrou numa pedra. Pense no pulo que deram pra cima.
Daí um falou:
Tá louco compadre, olha o tamanho daquele Urutu.
O outro retrucou:
Bem capaz, Nirso. Era uma jararaca.
E começaram a teimar: era urutu ou era jararaca? Acabaram saindo no soco. Tiveram que apartar.
Daí passou o clima.
No domingo teve a missa e o padre falando que, se alguém tivesse mágoa de algum compadre, algum vizinho, de algum amigo, era o momento de pedir desculpas, se entenderem e se perdoarem.
Daí o Nirso se abriu:
Eu encrenquei com o compadre Varte no último final de semana por causa de uma cobra que apareceu no armazém. Então eu queria pedir desculpas.
O padre falou:
Muito bem. É assim mesmo que se faz!
Daí o Nirso finalizou:
E pra não ficar nenhuma dúvida, era Urutu, viu?