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Em menos de dois anos, Prefeitura gastou mais de R$ 15 milhões com horas extras

Mas agora o serviço adicional está suspenso por conta do déficit de R$ 95 milhões apurados até o mês de agosto; intenção é economizar para restabelecer o equilíbrio financeiro

Recentemente, uma portaria municipal assinada pelo prefeito Laerte Sonsin Jr. (PL) determinou a suspensão das autorizações e pagamentos de horas extras para os servidores municipais, salvo para atendimentos essenciais. O motivo foi explicitado pelo déficit orçamentário do Executivo saltense de R$ 95 milhões até o mês de agosto e os riscos à saúde financeira do município.
Além da questão financeira, a Prefeitura de Salto explicou que a decisão passa também pela contratação de novos servidores através do concurso público realizado no início deste ano.
“O município estava em déficit de servidores, visto que desde o ano de 2015 não havia sido realizado concurso público. No decorrer do período, a rotatividade foi muito expressiva gerando a necessidade de muitas contratações para suprir o quadro de servidores com processo seletivo de contratação temporária no ano de 2021 e com a realização de concurso público em 2022. Ainda estamos atendendo as demandas de contratações, porém, cautelosamente, observando de forma criteriosa as necessidades das Secretarias, de modo que não prejudique o andamento dos trabalhos e atendimento à população”, justificou.
Com isso, a Prefeitura deve economizar aproximadamente R$ 800 mil ao mês, valor médio pago nos últimos 21 meses, conforme levantamento feito pela reportagem do PRIMEIRAFEIRA. Em setembro de 2023, foram pagos R$ 1.024.833,50. No acumulado dos nove meses deste ano, o valor gasto com horas extras foi de R$ 7.519.044,03, o equivalente a R$ 835 mil ao mês. O valor é maior do que a média mensal paga em 2022, quando a Prefeitura gastou cerca de R$ 730 mil ao mês. Em 2022, foram gastos R$ 8.799.399,96.

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