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O prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) age com correção ao retomar a Zona Azul ainda como uma fase de testes pelos próximos 90 dias. Depois de tanto tempo sem o serviço era fundamental que a volta fosse estudada a fim de não prejudicar ainda mais o usuário.
É preciso lembrar que esses dois anos e sete meses sem o estacionamento nas ruas centrais prejudicaram sobremaneira os motoristas e não menos ainda os comerciantes, pois as pessoas não encontram locais para estacionar sem a regulamentação.
Mas adotar o sistema novamente, com regras e procedimentos novos para serem assimilados em tão pouco tempo, em pleno período pré-Natal e com Black Friday, seria mais desastroso e irritante do que não contar com o serviço nesses dias.
Conforme anunciou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (16), o prefeito pretende isentar da cobrança até 16 de fevereiro de 2024. Mas exigirá que os usuários utilizem o aplicativo do sistema efetivamente, mesmo sem a cobrança, a partir de 1º de dezembro.
Um senão em relação às novas regras foi se estabelecer que idosos, pessoas com dificuldade motora, deficientes, gestantes e mulheres com crianças de colo, que têm vaga especial assegurada pela lei, possam estacionar em qualquer lugar.
Isto confunde esse grupo de usuários e atrapalha os demais, tendo em vista que eles ocuparão qualquer vaga e não pagarão pelo serviço, enquanto os demais deverão pagar e poderão não contar com a vaga disponível quando procurarem por ela.
A única razão que se vê para garantir o benefício do estacionamento em qualquer vaga a esse grupo é que ele seja mais representativo em números absolutos que o total de vagas especiais oferecidas, mas neste caso era só aumentar o número dessas vagas.
Mais um senão é a cobrança da hora cheia. Um dos grandes avanços do serviço anterior era a cobrança do uso efetivo. A maioria dos usuários precisa da vaga entre 15 minutos e meia hora. Pagar uma hora inteira a cada vez é injusto e atenta contra a rotatividade.
Por fim, a fiscalização por meio de veículo equipado com câmera de monitoramento também pode não ser tão efetiva. Se o motorista infrator não for removido do local por passar despercebido pelo monitoramento, a rotatividade ficará comprometida.


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