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Código de vestimenta implementado pela Prefeitura gera críticas de servidores e vereador

A Prefeitura de Salto divulgou, na última sexta-feira (17), um código de vestimentas contendo orientações de como os servidores devem se vestir no ambiente de trabalho. O código gerou diversas críticas dos servidores públicos, além da manifestação contrária do vereador Vinícius Saudino (PSD). O Sindicato dos Servidores Municipais também se manifestou contrário ao código e disse ao PRIMEIRAFEIRA que solicitou à Administração que reveja.
São diversas orientações, entre elas a utilização de roupas básicas e discretas; vestidos, saias e bermudas em comprimentos na altura dos joelhos e que devem ser usados preferencialmente no período de altas temperaturas; maquiagens e bijuterias e joias discretas. Além disso, o código também divulga que não é orientado utilizar roupas justas, curtas ou com estampas fortes; calças, vestidos ou saias com fendas altas; chinelos, papetes e slides; bonés, boinas, chapéus, entre outras recomendações.
Servidores públicos que trabalham em escolas, creches e unidades de saúde da Prefeitura, principalmente, criticaram as orientações divulgadas no código e alegaram que em seus locais de trabalho faltam ventiladores e ar-condicionado e que, por isso, as normas os colocam em situação de desconforto, principalmente diante de altas temperaturas que enfrentaram nos últimos dias.
O vereador Vinícius Saudino criticou o código durante a sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (21), alegando que a Administração Pública tem outros assuntos para se preocupar. “O secretário Ruy fez um código de medidas disciplinares de vestimentas para o servidor. Agora, as pessoas têm de ficar cautelosas nas joias e bijuterias, não podem usar saltos, não podem usar boinas… Tanta coisa para se preocupar e vai se preocupar se o funcionário vai com calça apertada. Acho que o prefeito quer que o servidor se vista como ele. Será que é isso?”, criticou o vereador.
A Administração Pública respondeu ao PRIMEIRAFEIRA que não se trata de um código de vestimenta e que, ao contrário, o Departamento de Gestão de Pessoas está liberando os funcionários para trabalharem de bermuda, saias, vestidos e camisas básicas mais confortáveis. “As recomendações são, apenas, para que haja bom senso e discrição, como já ocorre no dia a dia”, completou em nota.
Em relação aos locais citados pelos servidores que não teriam ventiladores e nem ar-condicionado, a Prefeitura informou que está identificando quais setores não possuem ar-condicionado e planejando uma futura licitação para aquisição.
O Sindicato dos Servidores Municipais informou que notificou a Administração referente ao código de vestimenta requerendo coerência, respeito e reconsideração a essa medida. Para o Sindicato, se deve respeitar os limites constitucionais e o bom senso. Além disso, o Sindicato informou que reforçou junto à Administração que, diante do aumento de temperatura, é urgente priorizar que seja garantido aos servidores um ambiente seguro e saudável com equipamentos e instrumentos que propiciem conforto térmico, água potável e refrigerada, segurança, entre outros.

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