Projeto já está pronto e faz parte do plano de governo; só não foi feito antes por causa das outras prioridades da cidade
O prefeito Laerte Sonsin Jr. (PL) pretende cumprir uma das suas propostas do plano de governo, a expansão da malha cicloviária de Salto, no seu último ano de mantado. O chefe do Executivo anunciou que prevê construir 10,5 quilômetros de ciclovias no próximo ano, segundo projeto que já está pronto.
O projeto contempla quatro trechos, os quais farão junção à ciclovia já existente. Estão previstas ciclovias na Rua Santa Rosália (trecho de 1,5 km); Rua Marechal Rondon até a Estação (outros 4 km); Avenida da Padroeira e Avenida Irmã Dulce (construção de 2 km); e Rua Nações Unidas (com mais 3 km).
Questionado pelo PRIMEIRAFEIRA, o prefeito alegou que o modal não recebeu investimentos por questão de prioridade de manutenção em outras áreas da cidade.
Além de servir para a prática esportiva, as ciclovias são uma forma alternativa de transporte, com segurança ao ciclista. Laerte, entretanto, não informou quais outras ações de incentivo à prática serão adotadas. “A criação de infraestrutura, como as ciclovias, incentiva o uso da modalidade, uma vez que proporciona alternativas de mobilidade e mais segurança para o ciclista”.
A título de comparação, Itu inaugurou neste ano a Praça da Bike, com espaço de encontro para ciclistas, banheiros e bebedouros. Além disso, a região central da cidade vizinha é equipada com estacionamentos para as bikes, sem falar da ampliação do passeio público na principal rua do comércio ituano, que favorece a mobilidade para ciclistas.
Além de não haver ciclovia no trecho urbano, o ciclista saltense ainda se depara com a falta de manutenção na ciclofaixa que liga as cidades de Salto e Itu. É comum ver falhas no pavimento, trechos deteriorados, além de que a ciclovia é comumente utilizada como estacionamento -irregular- para veículos de prestadoras de serviço. E o ciclista, mesmo no espaço destinado a ele, ainda tem de se preocupar com saída de veículos de espaços privados, indo na contramão do que propõem as regras de trânsito.
Sobre a falta de manutenção na ciclovia da Rodovia da Convenção, o Executivo respondeu que ela é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagens do Estado de São Paulo, o DER, mas que faz as devidas cobranças para manutenção. “A ciclovia Salto-Itu é de responsabilidade do DER. Em 2022, devido a uma ocorrência em um trecho da ciclovia, foi cobrado sobre a manutenção e o DER fez a manutenção”, informou. Procurado pela reportagem do PRIMEIRAFEIRA, o DER não havia se manifestado até o encerramento desta edição.
A atual malha cicloviária da cidade possui 4.334,78 metros e foi inaugurada em março de 2011. O trajeto começa no encontro da Estrada Rocha Moutonnée com a Rua Estado de Minas Gerais, no Bairro São Pedro e São Paulo, passa pela Ponte dos Pescadores, percorre os bairros Três Marias e Vila Teixeira, Avenida Castro Alves, Rua Augusto Mazza, Rua Monteiro Lobato, Rua Carlos de Campos, Rua Joaquim Nabuco, Rua Vital Brasil e Rua Rui Barbosa. O trecho ainda passa pelo Jardim São Francisco até acessar a Avenida Getúlio Vargas, atingir o Jardim da Luz e chegar no Distrito Industrial Jardim Bandeirantes.