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Secretário e prefeito se contradizem sobre repasse de subsídio ao transporte público

Na Câmara, secretário confirmou o pagamento; já o prefeito, em entrevista, falou que burocracia impediu repasse

O secretário Defesa Social da Prefeitura, Gilmar Souza dos Santos, afirmou, na Câmara de Vereadores, durante reunião com os parlamentares, realizada na segunda-feira (4), que Prefeitura havia feito o repasse para a empresa SOU Salto, responsável pelo transporte público urbano, referente ao subsídio aprovado por lei. De acordo com a legislação, serão até R$ 1 milhão mensais. Entretanto, a informação diverge do que foi dito pelo prefeito Laerte Sonsin Jr. (PL) à reportagem do PRIMEIRAFEIRA durante uma entrevista, cuja primeira parte será publicada na edição da próxima semana.
Laerte foi enfático em afirmar que não houve nenhum pagamento efetuado até o momento (a entrevista ocorreu em 30 de novembro) e justificou os motivos: “Nenhum subsídio foi pago até agora por conta da burocracia. A partir do momento que foi aprovada a lei que autoriza o pagamento, encaminhamos para o departamento jurídico da Prefeitura que apontou a necessidade de aditar o contrato. Era necessário fixar o valor dentro do contrato. Ele foi assinado pela empresa no mês de novembro e estou criando a comissão. Acredito que (dezembro) será o primeiro mês que eles vão poder solicitar o subsídio”.
Na reunião, o secretário disse que foram feitos pagamentos desde setembro, que a comissão havia se reunido e que inclusive poderia fornecer o relatório aos vereadores. “Sim, houve (o pagamento do subsídio) e foi até aprovado (pela comissão). Posso passar o relatório do que foi repassado pela empresa”.
Além de falar sobre o subsídio, o secretário também falou da situação das multas de trânsito canceladas. Gilmar disse que as multas não processadas se referem aos meses de janeiro a abril e não de abril a outubro, conforme o próprio prefeito divulgou em entrevista coletiva na Prefeitura. “O que ficou prejudicado foram as notificações que expiraram, anterior a abril. Estamos falando de janeiro, fevereiro, março, abril…”. Um levantamento está sendo feito para apurar quantas multas deixaram de ser processadas e a Prefeitura abriu dois processos administrativos para identificar e cobrar os responsáveis pela falha.

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