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Astróloga ituana faz previsões para o novo ano que se inicia

Paula Micai diz que 2024 será marcado por inovações tecnológicas, problemas climáticos e por uma discussão mais intensa e circunstancial sobre a saúde mental

O início de um novo ano ou de um novo ciclo gera muitas dúvidas sobre o que será do futuro. E os astros podem mostrar muita coisa sobre aquilo que se terá pela frente. Não é uma ciência exata e tudo pode ser modificado a qualquer tempo, mas essas previsões podem ajudar a entender o caminho a ser seguido, conforme explicou a astróloga ituana Paula Micai em entrevista ao PRIMEIRAFEIRA.
“Muitas pessoas têm medo (das previsões). Até por isso eu tento ir por um caminho um pouco diferente, mostrando as possibilidades e como, conforme a personalidade de cada um, se pode buscar uma solução. O mapa astral pode mostrar que a pessoa pode não ter sorte com relacionamentos, por exemplo, e elas levam isso por toda a vida. O ponto, entretanto, é entender os desafios, buscar aprendizado e saber qual caminho seguir”.
Paula explicou como os astros e os planetas podem ter interferência na vida de todas as pessoas e falou também como ela aplica seus conhecimentos aliados com outras práticas terapêuticas que auxiliam no autoconhecimento, como por exemplo o reiki. “A ideia é equilibrar e curar algumas coisas que são identificadas. O objetivo principal é trazer a limpeza e o equilíbrio nesses quatro aspectos e nós fazemos isto”, afirmou.
E, claro, para matar a curiosidade dos leitores e internautas do PRIMEIRAFEIRA, ela contou o que as cartas e os astros revelaram sobre o ano de 2024 em relação ao clima, aos conflitos mundiais, as inovações e sobre os Jogos Olímpicos que acontecem em Paris, na França. Confira a entrevista completa abaixo:

O que podemos esperar do ano de 2024?
Paula Micai:
As previsões, segundo a astrologia, mostram uma influência de Plutão sobre o signo de Aquário e, num aspecto mundial, representa que teremos uma grande influência da tecnologia e das inovações em nossas vidas. Algo similar aconteceu há muito tempo, durante a Revolução Francesa (1789-1799). Talvez surjam máquinas diferentes, algumas que possam detectar algumas doenças. Inclusive já há algumas notícias que tratam sobre isso. Creio que esse avanço causará um grande impacto e caberá a cada um saber conduzir o seu lado nisso tudo. A inteligência artificial e sua relação com as fakes news tendem a ficar ainda pior pela falta de controle sobre as tecnologias. Talvez escutemos mais sobre carros voadores, elétricos e outras formas alternativas de combustíveis. Este ano devem ser uma tendência os problemas relacionados à saúde mental, sobretudo em relação à ansiedade por não acompanhar o ritmo frenético que temos. Então é preciso um certo cuidado e é algo que precisaremos discutir. As questões sociais e o pensamento nas minorias também deverão ser pautas que terão bastante evidência em 2024. Eu falo que a palavra para este ano vai ser, sem dúvida, mudança.

Os conflitos existentes ao redor do mundo deverão continuar?
Paula Micai:
Continuam e não só isto. Eles devem piorar. Tem vários aspectos que não são positivos em relação a isso. A discussão sobre brigas territoriais, interesses e valores deverá continuar ocorrendo em todo o mundo.

E em relação à economia, qual o cenário previsto?
Paula Micai:
Há um impacto econômico em que deveremos sentir muitas variações, embora haja um caminho de prosperidade até maio. Depois disso, deveremos nos adaptar. O melhor caminho recomendado é não sair gastando e sim poupar, para estarmos preparados para eventuais mudanças.

Teremos em 2024 os Jogos Olímpicos em Paris. Deveremos esperar uma competição tranquila?
Paula Micai:
Acho que podem ocorrer algumas interferências em relação a grupos que querem trazer algumas questões à tona. Não vejo como conflitos, mas sim em relação a se comunicarem, exporem uma causa, sobre protestos. Essas situações devem gerar um certo desconforto para os organizadores e competidores.

O ano de 2024 também será marcado por intempéries climáticas?
Paula Micai:
Eu vejo que sim. Teremos um ano marcado pelos ventos fortes, como os que atingiram Salto e a região no início de novembro de 2023. Além disso, continuaremos sofrendo com o aumento das temperaturas. Mesmo diante dessas situações, vejo que a população em geral não tomou a devida consciência. Haverá grandes chuvas como já se previu, mas o vento será um destaque especial.

As discussões políticas estarão presentes mais do que nunca neste ano que será eleitoral?
Paula Micai:
Tudo o que vimos nas últimas eleições deve se repetir em 2024 com as eleições municipais. A divisão entre esquerda e direita ainda deve predominar. Discussões sobre valores e algumas rupturas deverão marcar o período. É um processo radical que teremos de passar até que a população crie consciência.

Essas previsões são definitivas ou elas podem ser alteradas?
Paula Micai:
Nós analisamos as posições dos planetas que chamamos de leitos, que são aqueles mais impactantes, e eles trazem essas tendências. Ou seja, não é nada definitivo e é até um pouco subjetivo. Me lembro, há uns dez anos, que alguns astrólogos vinham falando de uma conjunção dos astros e especulavam se seria mais uma grande guerra, mas, em lugar disso, acabamos sofrendo com a pandemia da Covid-19. Essas projeções globais são mais difíceis de serem alteradas, mas nas previsões pessoais, cabe a cada pessoa entender o seu caminho e a influência dos planetas. É muito raso simplesmente falar que é de um signo específico. Isso não vale nada. Aquilo que vemos nas revistas ou na mídia é muito raso. Entender a energia de cada planeta pode ajudar a entender a forma como cada posição dos planetas impacta na vida da pessoa.

Como você começou nessa área da astrologia?
Paula Micai:
Eu sempre trabalhei com publicidade e marketing e, durante essa minha trajetória, criei uma marca chamada “Pano da Sorte”, especializada em roupas e acessórios ligados à positividade e à energia. Com isso, eu passei a estudar mais sobre o assunto. Sempre tive interesse por astrologia e resolvi aprofundar meus conhecimentos. Eu até brinco que o universo foi me levando para a área terapêutica. Hoje eu atendo com astrologia astral, a revolução solar que faz as previsões do ano, além de atendimentos terapêuticos, como o reiki xamânico, que levam elementos do xamanismo e as cartas do tarô como apoio terapêutico. Faz três anos que estou nessa carreira. Na verdade, o início foi em meio a pandemia, quando as pessoas começaram a buscar essa ajuda emocional e eu descobri que tinha uma missão com isso. Eu ainda utilizo alguns recursos do marketing para levar conteúdo em minhas redes sociais a pessoas tenham a consciência de buscar esse equilíbrio, principalmente no aspecto espiritual.

Quais as principais diferenças entre astrologia, reiki e tarô?
Paula Micai:
A astrologia está totalmente desvinculada da religião. É uma ciência que envolve matemática e astronomia. Para simplificar, o mapa astral é como se você tirasse uma foto do céu no momento do nascimento e, a partir daí, entender como interfere em sua essência e sua trajetória de vida desde a infância. Ou seja, é uma ferramenta de autoconhecimento. Há ainda a revolução solar que traz as previsões do seu ano, de acordo com cada aspecto da vida. Temos doze casas astrológicas no mapa astral e cada uma delas representa uma área da vida. É claro que a astrologia é bem mais complexa, mas num contexto geral é isso. Já o reiki traz, através da troca de energias e com a imposição das mãos, um tratamento para o físico, o espiritual, o mental e o emocional. A ideia é equilibrar e curar algumas coisas que são identificadas. Uma das vertentes, que é a que eu uso, é o reiki xamânico, que envolve alguns elementos, como o tambor e a maraca, e gera uma vibração mais forte na aplicação e no processo da cura. O objetivo principal é trazer a limpeza e o equilíbrio nesses quatro aspectos. Por fim, o tarô é uma ferramenta de direcionamento. Eu uso o tarô cigano e os tarôs terapêuticos, que ajudam a trazer um complemento ao tratamento. Muitas pessoas, entretanto, tem receio por ele trazer uma previsão que pode variar de acordo com o movimento de vida de cada um.

Qualquer pessoa pode se tornar uma astróloga?
Paula Micai:
Sim, desde que esteja disposta a estudar a fundo o assunto. São necessários vários anos de formação e estudos constantes, já que sempre há um aspecto novo a se olhar. A formação básica demora três anos, enquanto a formação avançada mais três ou quatro anos. Além disso, há as especializações em diversas áreas, como a astrologia focada em doenças; tem a astro cartografia, que indica os lugares do planeta que possam ser mais favoráveis ao trabalho ou à vida pessoal, entre outras.

Há algum preconceito ou rejeição aos profissionais da sua área?
Paula Micai:
Sim, ainda há bastante. No meu caso, até mesmo com a família há um preconceito. Alguns associam a terapia com a religião, mas, nesse caso, a terapia se propõe a cuidar da espiritualidade, sem envolver qualquer tipo de crença. Em Itu (onde atende), por ser uma cidade católica, quando falo em previsões, já cria um certo receio. As terapias e a astrologia ficaram associadas lá atrás com rituais e magia, mas não tem nada a ver.

A pandemia influenciou as pessoas em geral a quererem saber mais sobre o futuro e a procurarem mais a astrologia?
Paula Micai:
Na verdade, durante a pandemia, recebi muitos contatos de pedidos de socorro. Tive histórias de pessoas que estavam depressivas, de adolescentes querendo se suicidar, desconhecidos que viam minhas postagens e queriam conversar comigo para saber mais. O ficar sozinho obrigou muitas pessoas a olharem para as questões internas, mas muitos ainda não sabem como lidar com isso. E isto está se tornando uma tendência hoje.

As pessoas ainda têm medo do que os astros ou do que as cartas podem revelar a respeito delas ou isto já foi superado?
Paula Micai:
Não foi. Muitas pessoas têm medo. Até por isso eu tento ir por um caminho um pouco diferente, mostrando as possibilidades e como, conforme a personalidade de cada um, se pode buscar uma solução. As pessoas geralmente saem diferentes dos atendimentos. Acontece muito quando vejo os mapas astrais. A pessoa chega desafiando o mapa astral e deixa o atendimento chocada com tudo que descobre e aprende. Mas isso acontece porque são muitas informações. O mapa astral pode mostrar que a pessoa pode não ter sorte com relacionamentos, por exemplo, e elas levam isso por toda a vida. O ponto, entretanto, é entender os desafios, buscar aprendizado e saber qual o caminho seguir.

Há um momento certo para buscar se conhecer melhor através dos astros ou independe?
Paula Micai:
Normalmente as pessoas procuram conhecer quando estão em uma situação difícil. Eu sempre aconselho a ir uma vez ao mês para dar uma espécie de recarregada nas energias, mas vai de cada um. Em alguns casos eu recomendo até fazer a terapia uma vez na semana. É algo particular, que varia de indivíduo para indivíduo. É preciso cuidar do dia a dia para equilibrar a mente através da meditação, ioga ou outra coisa que complementa.

Houve alguma previsão que você tenha feito e que lhe chamou mais a atenção durante os seus atendimentos?
Paula Micai:
Em diversos atendimentos com histórias similares, sobretudo de mulheres que enfrentaram algum tipo de dificuldade durante a vida por falta de coragem, há sim. É uma espécie de padrão. O que eu vejo e até devo fazer uma mentoria a respeito é que devemos ter um olhar mais racional em relação às crenças. Nessa mentoria, eu farei a química entre céu e terra, através dos quatro elementos (céu, terra, fogo e mar), para que a paciente consiga trazer o equilíbrio para o dia a dia e ter uma vida mais feliz.

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