Mais uma vez, problemas elétricos afetaram a sessão de Câmara em Salto. Na terça-feira (26), a reunião ordinária aconteceu no “escuro”, uma vez que não havia energia elétrica no prédio legislativo. Segundo o Departamento de Administração da Câmara de Salto, o problema foi externo, num equipamento da CPFL. “Problemas na instalação da CPFL ocasionaram a falta de energia nas dependências do prédio do Poder Legislativo na tarde do dia 26. O problema foi externo e não teve relação com a pane elétrica ocorrida em outra ocasião”.
A reportagem do PRIMEIRAFEIRA procurou a CPFL que confirmou ter havido “uma interrupção pontual de energia”, sem especificar o motivo que teria causado essa interrupção. “Equipes da companhia foram rapidamente mobilizadas e atuaram nos reparos necessários para restabelecer o fornecimento, em segurança, e no menor tempo possível. A energia foi normalizada ainda durante a tarde do mesmo dia”, afirmou a empresa.
Durante a sessão, o Legislativo votou a análise em regime de urgência dos projetos sobre o subsídio das autoridades políticas e da apreciação de uma série de outras proposituras por comissão mista, como forma de agilizar os processos em virtude do período eleitoral. Entre as proposituras, havia um regime de urgência de um projeto de resolução que alteraria o regimento interno e permitiria a troca de partido por parte dos vereadores sem perder o cargo na Mesa Diretora. Esse projeto poderia favorecer o presidente Edival Pereira Rosa, o Preto, que deverá trocar de partido, deixando o União Brasil.
Porém, novamente, Daniel Bertani (Podemos), que deve perder o cargo de vice-presidente da Mesa justamente pela troca de partido, criticou a atuação de Preto ao tentar emplacar uma nova mudança no regimento, que já havia sido mudado há alguns meses. “Queria saber de onde saiu isso? Se veio algum ofício do prefeito ou do vice, embora seja a Mesa quem decida. Mas, nunca vi isso acontecer, esse atropelo que estamos fazendo aqui”, criticou. A troca de farpas seguiu com posicionamento de ambos os lados e deve se estender caso o projeto siga em pauta.
Na sessão, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Salto, Rosiane Teodoro Ramos, e a secretária geral Elisangela Nogueira Marchesani, usaram a tribuna livre para falar sobre o reajuste de 3,86% aos trabalhadores do serviço público, apesar do pedido de 13% ao Executivo. “Buscávamos um aumento real, mas vemos sim como um avanço de ter o reajuste de pelo menos o índice (inflacionário), assim como todas as quatro cláusulas sociais do acordo coletivo”, afirmou Rosiane.