O trabalho que tem tomado o tempo da escritora Anicleide Zequini, Cadeira 36 da Academia Saltense de Letras, patrono Dr. Barros Júnior, nos últimos meses tem sido uma pesquisa de fôlego sobre a biografia de São Benedito. Ela busca informações históricas para desenvolver um trabalho a respeito da Irmandade de São Benedito em Itu, que ela já levantou tem origens no final do século XVIII.
Como complemento dessa pesquisa, ela tem lido “Um Preto no Altar”, de Alvaci Mendes da Luz, publicado pela Editora Vozes, que mostra a resistência e o protagonismo em um território de disputas constantes. A escritora entende que esse material vai ajudar nas suas concepções a respeito da trajetória do santo e na composição do histórico a seu respeito, que exige essa abertura.
Doutora em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo com pós-doutoramento em História pela Unicamp e pesquisadora no Museu Republicano “Convenção de Itu”, Museu Paulista/USP, a escritora, que aniversaria nesta sexta-feira (7), já tem publicações nacionais e internacionais nas áreas do Patrimonio Industrial, História e Museus de História.
Anicleide Zequini se lançou na literatura com o livro “O quintal da fábrica: a industrialização pioneira do interior paulista”, publicado em 2004. Nele, ela fez um mergulho na história registrada em documentos da época para contar o processo de industrialização e de desenvolvimento constituídos a partir das primeiras fábricas da região. O livro foi o resultado de uma pesquisa que a escritora fez para a sua dissertação de mestrado na área de história.
Depois ela escreveu outros livros com o selo de comemorativos, como “Papel de Salto: 110 anos de evolução e tecnologia”, trabalho que contou com fotografias da época feitas por Victor Andrade. Também “A banda União dos Artistas de Itu: 100 anos de lutas e glória”, que tem como coautora Maria Célia Brunello Bombana. A escritora ainda participou como historiadora da equipe que criou com o professor Júlio Abe o Museu da Cidade de Salto.