Após o acidente cortou as asas de um paramotor e causou diversos ferimentos no piloto, ocorrido no sábado (3), a preocupação sobre a utilização de linhas com cerol voltou às discussões públicas.
Entretanto, segundo a Guarda Civil Municipal, não houve nenhuma ocorrência deste tipo em 2024. Em resposta ao Jornal PRIMEIRAFEIRA, a Secretaria de Defesa Social informou que, em caso de recebimento de denúncia, a GCM vai até o local indicado e, constatado a ocorrência, é coletado o material para incineração e o indivíduo levado à Delegacia.
Recomendações
A pasta ainda recomenda aos motoristas, motociclistas e pedestres, manter-se atento ao transitar nas ruas e, principalmente no caso de motociclistas, fazer o uso de equipamentos de segurança, como o capacete com viseira fechada e antena corta linha, além de denunciar, caso presenciem o uso. As denúncias podem ser feitas pelo 153 (GCM) ou 190 (Polícia Militar).
Proibição
O uso do cerol em linhas de pipas passou a ser proibida no Estado de São Paulo em 2019 e proíbe além da mistura de cola e vidro qualquer outro material cortante que possa ser aplicado nas linhas. A proibição abrange o uso, a posse, a fabricação e a comercialização da mistura cortante.
O infrator poderá pagar multa no valor de R$ 1.768,00, enquanto aos estabelecimentos, a multa pode chegar a R$ 176 mil. Quando o infrator for menor de idade os pais ou os responsáveis responderão pelo menor.
Casos no estado
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, de janeiro a maio deste ano, os atendimentos provocados por esses acidentes aumentaram em quase 140% nos ambulatórios do estado. Foram mais de 1.300, casos de cortes profundos com linha de pipa, afetando principalmente motociclistas, ciclistas e pedestres.