Escolher um candidato a prefeito em Salto está se mostrando uma difícil decisão. Isso porque a desconfiança e a descrença na política fazem com que a esperança no candidato eleito não se transforme em benfeitorias para o município.
O PRIMEIRAFEIRA ouviu opiniões de pessoas que representam classes ou setores da cidade e a opinião é quase unânime: há pouco o que esperar em relação a melhorias.
Comércio
O presidente da Associação Comercial de Salto (Acias), Wladimir Lara respondeu nossa reportagem com outra pergunta. “Algum deles já mostrou o que farão pelo comércio? Eu até agora não vi nada”, disse Lara sem esperar grandes avanços no setor, financiados pelo poder público municipal.
Esporte
Já no Esporte, o presidente da Liga Desportiva Saltense (Lidesa), Paulo César Sombini, a esperança é de que o futuro prefeito se inspire no incentivo que cidades vizinhas tem com o esporte amador. “Para nós, como liga, se dessem um pouquinho mais de ajuda já ajudaria. Houve em outras épocas em que a Prefeitura destinava um dinheiro para a Liga e com isso conseguíamos premiar melhor, fazer eventos, etc. Hoje, com o que arrecadamos, pagamos apenas as premiações e não sobra nada mais. Eles também poderiam nos ajudar nas premiações das competições locais, como fazem outras cidades”.
Cultura
Na Cultura, a falta de confiança também é grande. O diretor artístico Arilton Assunção lembra que a falta de investimentos no setor é algo de longa data e que muitos acabam confundindo o entretenimento pela cultura. “Há muitos anos eu vejo uma diferença dos gestores em trocar cultura por entretenimento. Salto é uma cidade tão forte em ações culturais. Todos conhecem Salto pela dança e não pelo esporte, teatro, música ou literatura. Se foi algum dia, foram momentos rápidos. Nós da dança nunca tivemos o devido respeito. E isso não é de agora. Tiveram gestões que fizeram coisas bonitas, mas não falo que foram ações culturais ou que valorizassem as ações culturais”.
Religião
Nem mesmo a fé é capaz de superar a desconfiança com o chefe do Executivo a partir de 2025. O diácono José Carlos espera um maior investimento na Ação Social, colaborando com as ações da igreja e também quer incentivos para o turismo religioso, uma ação que ainda não decolou. “Espero maior investimento na área social. Que sejam promovidas parcerias para que as responsabilidades de atendimento em alguns setores sociais não fiquem apenas para a Igreja. Creio que o futuro prefeito e seu secretário de Turismo convoque a Igreja para discutir seriamente o turismo religioso. A imagem da Padroeira tem recebido turistas, mas não há um trabalho conjunto para atividades religiosas, já que, quem visita o local da imagem, deve ser católico. Também poderia ser estimulada visitas aos templos do centro da cidade, numa combinação com a área de turismo e da Segurança Pública”.