O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi determinada após o descumprimento da medida cautelar que impedia o ex-presidente de usar as redes sociais de terceiros, conforme a Agência Brasil.
Na Câmara de Salto, alguns vereadores se manifestaram sobre o caso em tons distintos. Enquanto uns trataram a prisão do ex-presidente com ironia e justiça, outros condenaram a atitude do Ministro como autoritária.
Chell Oliveira (PT) foi sarcástico ao final de sua fala na tribuna livre: “Ao término da sessão, terei a liberdade para frequentar qualquer outro espaço da cidade, diferentemente do Bolsonaro, que ficará em casa”. Já Grazi lembrou das vítimas da Covid que teriam falecido por negligência de ações do então presidente do Brasil em 2021. “Agora sim sabemos que a Justiça será feita. Lugar de quem comete crime é na cadeia, começando pela domiciliar”, afirmou.
Filiado ao mesmo partido de Bolsonaro, Antônio Moreira disse que não idolatra políticos, mas considerou exageradas as ações contra o ex-presidente. “Como homem público, cristão e conservador, sigo defendendo com firmeza os valores que nortearam minha vida pessoal e política: Deus, pátria, amor e liberdade. Não trato Lula como inimigo mortal, nem coloco Bolsonaro como infalível. Como membro da direita tenho o dever de honrar os princípios do partido. Me causa perplexidade a atitude do deputado Antônio Carlos Rodrigues que foi expulso do partido por elogiar o ministro Alexandre Moraes, o tirano, que na minha visão tem se afastado dos limites constitucionais”.
Já Rogério Pinheiro disse que não estava contente com as punições dadas ao ex-presidente. “Esperamos que isso se reverta com rapidez, porque é uma injustiça que está se cometendo”, declarou.