A mãe de uma estudante de 16 anos registrou um boletim de ocorrência após a filha relatar ter sido vítima de bullying por parte de colegas de sala e também do vice-diretor de uma escola estadual localizada no Jardim Elizabeth. O caso ocorreu no dia 27 de julho, mas foi registrado apenas nesta terça-feira (2).
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem estaria sendo alvo de bullying por parte de sete alunos da mesma turma, que fazem insinuações e piadasgordofóbicas por meio de gestos. A estudante afirmou que já havia reclamado da situação à direção da escola, mas nenhuma providência teria sido tomada.
Na data mencionada, o vice-diretor foi até a sala de aula para chamar uma aluna. A professora, no entanto, confundiu os nomes e perguntou se ele havia chamado a vítima. Segundo o relato, o vice-diretor então respondeu que, se fosse chamá-la, seria necessário”muita gente para buscá-la”, fazendo uma insinuação ofensiva sobre o peso da estudante.
Todos os alunos da sala riram e ficaram comentando da situação. A vítima reclamou com o coordenador da escola, que pediu desculpas, mas não soube explicar o que aconteceu. No dia seguinte, a estudante encontrou, no banheiro da escola, uma das alunas que fazia bullying com ela.
A vítima disse a ela que não gostava dessas piadas, mas a outra estudante debochou da situação e a empurrou. As duas foram para a diretoria e, a mãe da jovem que teria praticado o bullying, ameaçou a vítima dizendo que ela tinha sorte por ser adolescente, se não daria um tapa nela e que, uma hora a pegaria.
A Unidade Regional de Ensino de Itu, questionada pelo PRIMEIRAFEIRA, informou que repudia toda e qualquer forma de incitação à gordofobia, dentro ou fora do ambiente escolar. Além disso, a gestão escolar aplicou advertência e um termo de ajuste de conduta ao profissional citado, que está sendo acompanhado pela unidade e, caso seja necessário, outras medidas poderão ser adotadas.
“Em relação aos estudantes envolvidos, todos os responsáveis foram convocados para ciência do regimento escolar. A equipe regional do Conviva, juntamente com um profissional do programa Psicólogos nas Escolas, intensificará as ações na escola de melhoria da convivência e de combate ao bullying. A unidade escolar permanece à disposição da comunidade para os esclarecimentos que se fizerem necessários”, finalizou em nota.