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Rio Jundiaí em Salto tem piora na qualidade da água, aponta relatório da SOS Mata Atlântica

Às vésperas do Dia do Rio Tietê, celebrado em 22 de setembro, a Fundação SOS Mata Atlântica apresenta a mais recente edição do estudo Observando o Tietê, que reúne os resultados das análises realizadas entre janeiro e dezembro de 2024 no Rio Tietê e seus afluentes.

Embora o estudo indique uma redução da mancha de poluição no principal rio do estado, os dados revelam uma estagnação na qualidade da água dos rios monitorados. Para os saltenses, porém, a notícia não é nada positiva. Em comparação com o levantamento anterior, houve piora na qualidade da água do Rio Jundiaí, no ponto monitorado localizado no bairro Jardim das Nações.

Se em 2024 a qualidade da água era considerada boa, neste ano ela foi reclassificada como regular. Isso significa que suas águas estão comprometidas para o uso humano e atividades de lazer.

Nos outros três pontos de coleta na cidade de Salto, o Índice de Qualidade da Água (IQA) manteve-se estável. No Rio Piraí, a qualidade da água foi classificada como boa. Já nos pontos de coleta do Rio Tietê e do Rio Jundiaí (no encontro com o Tietê), a qualidade foi considerada regular.

O estudo

Ao longo de 2024, foram realizadas 1.160 análises em 145 pontos de coleta, distribuídos por 112 rios e corpos d’água, abrangendo 67 municípios de 14 estados da Mata Atlântica. No total, 111 grupos voluntários participaram do levantamento.

Os resultados apontam que:11 pontos (7,6%) apresentaram qualidade boa;109 (75,2%), qualidade regular;20 (13,8%), qualidade ruim;e 5 (3,4%), classificação péssima.Mais uma vez, nenhum ponto registrou qualidade ótima.

Ao comparar os dados de 127 pontos monitorados tanto em 2023 quanto em 2024, observa-se uma leve piora na média da qualidade da água.

Já a mancha de poluição diminuiu de 207 km em 2024 para 174 km em 2025, representando uma redução de 15,9%.

“Agora, como vemos, há uma redução da mancha para 174 km, mas acompanhada da menor extensão de água boa da série. Além disso, quando olhamos para a série histórica, percebemos que a piora em 2024 não foi um ponto isolado, mas o agravamento de uma tendência de retrocesso iniciada em 2022. Ou seja, apesar de oscilações anuais, a qualidade do Tietê permanece altamente vulnerável e não há sinais consistentes de recuperação duradoura”, afirma Gustavo Veronesi, coordenador do projeto Observando os Rios, da SOS Mata Atlântica.

O relatório completo estará disponível no site da Fundação SOS Mata Atlântica.

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