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Administração recua e suspende edital que previa gastar R$ 17 milhões com limpeza em escolas

A Prefeitura de Salto publicou nesta semana o pregão eletrônico nº 134 /2023 para a contratação de uma empresa especializada em serviços de limpeza, conservação e desinfecção dos prédios das unidades escolares da rede municipal de educação e demais repartições, incluindo áreas externas, mobiliários e equipamentos. O edital foi publicado na segunda-feira (18) e os envelopes das empresas interessadas deveriam ser abertos no dia 5 de janeiro.
O que chamou atenção foi o valor do contrato. Estava previsto o pagamento de R$ 17.483.977,53 para a empresa vencedora, quatro vezes mais que o atual contrato de R$ 4.099.132, 27.
Diante da divergência de valores, o PRIMEIRAFEIRA questionou a Secretaria de Educação. Em nota, a pasta informou que o edital levava em consideração o preço médio do mercado. “O valor constante do edital decorre da metodologia prevista na lei de licitações, considerando a média de orçamentos de mercado, sendo certo que, após o leilão licitatório, o valor do contrato, obviamente, será bem menor que o cotado. É importante considerar que a nova licitação prevê contrato diferente do atual, com aumento de prédios, abrangendo, ainda, mão de obra adequada, materiais de limpeza etc. Por isso, existe a projeção de aumento do valor”.
Dois dias depois, entretanto, a Prefeitura de Salto recuou e suspendeu o edital alegando serem necessárias adequações e publicou um aditamento no contrato atual com a empresa Gotalimpa Company, no valor de R$ 4.248.000,00, o que representa um reajuste de 3,63%.
Novamente a Secretaria de Educação foi procurada e explicou que trata-se do quinto e último aditamento, o que justificou a abertura da licitação. A pasta disse que não desistiu do edital e reafirmou a necessidade de reajustar o valor do contrato diante do aumento da demanda de prédios.

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