O projeto de Resolução 03/2025 que modificaria o Código de Ética da Câmara de Vereadores de Salto foi rejeitado na sessão de terça-feira (19). O texto vedava a prática de violência política de gênero nas dependências do plenário e foi apresentado pela autora, Dra. Grazi (PSB), após ela alegar ter sido desrespeitada por um assessor parlamentar.
“Houve falas de assessores (de vereadores) que eu vivo a base de Rivotril e café. Isso não se trata apenas de ofensa pessoal, mas de um padrão histórico, pois quando uma mulher está em posição de poder ela é chamada de louca; quando demonstra sensibilidade, é frágil; e quando mostra coragem, é descontrolada. Me surpreende um assessor se dirigir a uma mulher parlamentar dessa forma. E falou em alto e bom tom”, disse Grazi.
A vereadora não falou quem teria a ofendido, mas disse que pediria a demissão do servidor, caso ele tivesse falado diretamente para ela. O presidente da Câmara, Clayton Bispo (PP) pediu para que a vereadora faça a representação formal para que o caso seja encaminhado à Comissão de Ética.
Embora Grazi não tenha identificado o autor, o vereador Antônio Moreira (PL) deu a entender que poderia ter sido o seu assessor, Everton Luiz da Cruz.