Dados da Defesa Civil de Salto dão conta de que caiu o número de registros de focos de incêndios, que são geradores de queimadas na cidade em 2023. Desde janeiro deste ano, foram 14 focos de incêndio identificados, sendo 12 deles na área rural e dois na área urbana.
Em relação ao ano passado, foi registrada uma queda na média mensal de queimadas. Enquanto em 2023 a média é de menos de três casos por mês (dados divulgados antes do final do mês de maio), no ano anterior, essa média era três vezes maior.
Em 2022, foram 118 focos de queimadas, com a principal concentração ocorrendo no mês de abril, mês em que houve 34 focos identificados. Dos focos de incêndio, 67 foram na área rural, enquanto 51 aconteceram na área urbana.
Entre os bairros em que mais foram registrados os focos de incêndio estão: Porto Góes, Jd. Santa Cruz, Salto de São José, Jd. Nair Maria, Pedregulho, Jd. Itaguaçu, Parque Alto da Boa Vista, Residencial Porto Seguro, Jd. Europa, Residencial Barbané, Jd. Arco Iris, Parque Imperial e Jd. Europa, além de um foco na estrada Pedra Branca. A área total atingida em 2023, em Salto foi de 218 mil metros quadrados, equivalente a 26 campos de futebol.
Segundo a Defesa Civil, a fiscalização e combate aos focos são feitos com patrulhamentos periódicos ou quando acionados via telefone pelos cidadãos e/ou Corpo de Bombeiros. Em 2023, devido a essas ocorrências, foram aplicadas uma advertência e uma multa.
No final de maio, a Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público do Estado de São Paulo, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente, deflagraram a Operação Huracan, com o objetivo da prevenção dos focos de incêndio em vegetações e, consequentemente, a minimização dos impactos que estes incidentes acarretam à saúde da população.
Cerca de 450 policiais militares, juntamente com integrantes do Grupo especial, realizaram orientações a proprietários e produtores rurais quanto às medidas de prevenção, como a manutenção dos aceiros nos canaviais, e planos de prevenção contra incêndio às margens de estradas e rodovias (faixas de domínio), ferrovias, zonas de amortecimento de unidades de conservação e outros pontos de vulnerabilidade, que também serão alvo do policiamento preventivo.
A denominação da Operação faz alusão à mitologia maia, que define Huracan como o deus responsável por catástrofes naturais com a invocação de elementos como o vento, fogo e terra.
A ação da Polícia Ambiental tem forte componente didático, uma vez que se iniciam as ações de educação ambiental nas redes sociais como forma de conscientização de toda a população, com os alertas: 1) não atire cigarros ou fósforos às margens de rodovias; 2) não solte balões (soltar balões é crime previsto na Lei 9.605/98); 3) evite acender fogueiras (não acenda fogueiras perto de matas e em dias de vento); 4) não realize queimadas (quando necessário aplicar em áreas agrícolas, conforme regulamentação legal, solicite autorização prévia à Cetesb); 5) não solte fogos de artifício próximo às áreas com vegetação; 6) não permita que crianças façam uso de fósforo, isqueiros ou materiais inflamáveis; 7) não jogue lixo em terrenos baldios.
Alunos do Cemus XII realizam atividade sobre prevenção de queimadas
Com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da prevenção de queimadas e sobre o cuidado com o meio ambiente, os alunos da Educação Infantil I, II e III da unidade escolar Cemus XII “Professora Antonieta de Campos Buldrin Sontag” realizam atividades de um projeto do Programa Município VerdeAzul.
Nesta semana, as crianças realizaram uma paródia apresentada no ambiente escolar e os professores orientaram os estudantes sobre os perigos desta prática criminosa que coloca em risco a saúde da população e dos animais e que agride o meio ambiente.