Um estudo, divulgado recentemente pela Fundação Oswaldo Cruz, relatou que cerca de 72 milhões de brasileiros não dormem bem. Muitos podem ser os motivos para que as pessoas não consigam dormir bem, como a apneia, que é a obstrução das vias aéreas e que causa dificuldade para respirar, como também ansiedade e estresse no dia a dia, que podem fazer com que as pessoas não tenham uma noite de sono boa e acordem com a sensação de estarem ainda mais cansadas.
A Psicanalista Integrativa, Marina Moratto, conversou com o PRIMEIRAFEIRA e explicou que a qualidade do sono tem relação direta com a saúde mental e que, atualmente, é difícil conhecer uma pessoa que nunca tenha sofrido com insônia, cada uma com seus motivos particulares. A psicanalista contou que mora em São Paulo e que muitas vezes se questiona como é possível dormir bem morando em uma cidade que nunca dorme. Marina ressaltou uma frase dita por Benjamin Franklin, em meados de 1700: “Tempo é dinheiro” e destacou como muitas pessoas seguem essa frase e negligenciam o sono para ser cada vez mais produtivo e acabam gerando sentimentos de autocobrança, preocupações e ansiedade.
Marina destacou a importância do sono e como ele ajuda no fortalecimento da imunidade, na liberação adequada de hormônios, na preservação da cognição como o foco, concentração, capacidade de orientação e respostas aos estímulos do dia a dia, sendo fatores importantes para a vida desde a infância, ao fazer uma prova ou, na fase adulta, ao seguir em uma longa viagem dirigindo, por exemplo.
Para conseguir ter uma noite de sono boa é importante organizar o ambiente à sua volta, como um espaço calmo, silencioso e livre de estímulos externos, como luzes e sons muito altos; evitar o uso de celulares, televisões, notebooks, entre outras telas antes de dormir; praticar exercícios físicos regularmente, entre outros.
Marina Moratto destaca ainda que é importante refletir sobre suas escolhas, prioridades, vontades e os pensamentos que permeiam a sua mente e o que mais consome energia. É importante buscar ter autonomia das suas emoções e se, isso não for possível sozinho, buscar o auxílio de um profissional.