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Conceitos sobre Memória

Por diversas vezes apontei aqui no “Um dedinho de prosa” a memória como um processo de construção em uma sociedade. Muitas sociedades contém um repertório de narrativas baseadas em um consenso de uma memória coletiva, discutida por muitos autores se tal conceito é realmente empírico ou fruto de um imaginário coletivo que se perpetuou por anos naquela sociedade.
Recentemente li um importante texto sobre o assunto escrito pelo antropólogo francês Joel Candau. Nele o autor aborda algumas concepções acerca de como a cultura e a identidade estão estreitamente ligadas e como a memória contribui para essas construções. Analisa ainda o aspecto individual e coletivo de uma memória. Pois bem, para trazer o debate aqui nesta coluna do jornal, abordo os três tipos de memória apresentados por Candau, sendo:

A protomemória: Essa é aquela memória que está tão enraizada no ser humano que é como se não precisasse ensinar, faz parte do cotidiano de maneira intrínseca. Posso citar como exemplo aqui o fato de, ao se alimentar, imediatamente buscamos talheres. Claro que isso também foi construído na sociedade, porém nossa mente não pensa “formalmente”: “vou comer, preciso buscar talheres”. A gente olha pra comida e simplesmente os pega.

A memória: Aqui – assim como na primeira – pensamos na memória individual, nas lembranças de fatos ocorridos e que por algum motivo nos marcaram. Essa memória será lembrada, analisada e contada dependendo da ocasião. Vale ressaltar seu caráter individual.

A metamemória: Nesse terceiro conceito temos as construções. É aqui que será “decidido” o que o indivíduo, grupos de indivíduos ou a sociedade irá compreender como “memória coletiva” – em outro momento discutiremos mais o conceito. É aqui também que podem ser construídos os patrimônios, os mitos de origens, bem como ter a disputa de narrativas para a construção da história local comum.

Por fim, esse é um assunto longo e que daria muita prosa, recomendo ao amigo leitor e amiga leitora a leitura do livro Memória e Identidade, de Joel Candau. Textos assim nos fazem pensar em nossa história, a história do local que vivemos.

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