Em meio à sua mudança partidária, o vereador Daniel Bertani, hoje no Podemos, mas que deverá representar o Partido Novo, usou a tribuna para fazer duras críticas ao mandato do presidente da Câmara, Edival Pereira Rosa (União Brasil), o Preto. Um dos principais motivo das críticas foi um Projeto de Lei de autoria da Mesa Diretora, mas que tinha apenas a assinatura do presidente, que o tiraria do cargo de vice-presidente da Mesa Diretora por causa da mudança de partido.
“Eu vou mudar de partido e em nenhum momento pedi para que usassem meu nome como justificativa para um Projeto de Resolução, que estava para ser analisado em regime de urgência e que foi tirado dois minutos antes de começar a sessão por um erro gravíssimo da Mesa, o de colocar um projeto com uma assinatura só. Não tinha assinatura nem do (Antônio) Cordeiro (PT), nem do (Vinícius) Saudino (PSD). Foi mais uma tentativa de atropelo, mais uma tentativa de…vamos dizer que uma voz só comande tudo”, disse.
O vereador falou que seus projetos estão “na mesa”, mas teriam sido deixados de lado pelo atual presidente. “Perco meu cargo tranquilamente e não concorro novamente a vice-presidente. Lei a gente segue e não tenta usar de artimanha para aprovar um projeto que está totalmente fora do Regimento Interno. O senhor comanda essa Casa, mas não desse jeito que o senhor acha que está certo”, disse. “Em um ano e pouco retrocedemos”.
Na sequência, um grupo de vereadores, entre eles, Ezequiel Damasceno (Progressistas), Gideon Tavares (Podemos) e Henrique Balseiros (PL), tentou minimizar as críticas e elogiou o trabalho da atual presidência. Preto preferiu não rebater as críticas e informou, após ser questionado pelo PRIMEIRAFEIRA, que está avaliando a manutenção da propositura em discussão.
Na justificativa do projeto, a Mesa informou que a mudança do Regimento Interno seria para aprimorar e atualizar as normativas para melhor atender às necessidades e dinâmicas atuais da instituição. “As alterações propostas foram elaboradas após cuidadosa análise das lacunas e pontos de melhoria identificados no funcionamento do regimento em vigor. Assim, o Projeto de Resolução representa um esforço para promover uma gestão mais eficaz e transparente, alinhada com os princípios democráticos e os melhores padrões de governança institucional”, diz a propositura.