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De outros tempos

O texto que segue foi publicado em 19 de maio nas minhas redes sociais, compartilho com os leitores do jornal.

***

A noite do sábado passado me levou a um local muito significativo, sendo que, ao chegar, fui imediatamente levado a um lugar de memória. Era véspera de Dia das Mães, uma data difícil emocionalmente, quando fui ao pouso da Folia do Divino Espírito Santo de Itu. O local era no bairro Padre Bento, na rua de baixo da escola que também tem o padre como patrono. Lá estudei dos sete aos dez anos de idade.

Na geografia, lugar enquanto conceito remete a um recorte do espaço com algum significado ao ser humano, podendo ser afetivo, inclusive. Pois bem, ali estava eu diante do meu “lugar”.

Aconteceu que naquela noite muitas memórias foram trazidas à tona, havia anos que não passava por ali. Lembrei dos dias em que minha mãe me buscava na escola, sempre perguntando como havia sido a manhã de aula. Lembrei dos dias em que voltávamos caminhando para nossa casa. Eram minhas irmãs, primos, amigos, que estudavam no mesmo lugar e formava aquele batalhão de crianças andando pelas ruas do bairro. A memória me levou aos dias em que minha avó (que morava conosco) me acordava para que eu me arrumasse para a aula, dos dias em que a minha mãe colocava nossa camiseta, levava até a escola e ia para o trabalho.

Em dias frios “perdiam hora” com a gente para que pudéssemos dormir um pouco mais. Foi na Escola Padre Bento que decorei o nome de todas as capitais dos estados brasileiros após noites seguidas estudando com minha mãe que desenvolvia métodos pedagógicos próprios para que eu me lembrasse no dia da avaliação. Não esqueço dela batendo palmas toda vez que falava o estado de Tocantins.

Lembrei das atividades que desenvolvíamos de Dia das Mães e Dia dos Pais. Eu não via a hora de chegar e entregar. Após o falecimento do meu pai, minha avó me entregou uma caixa com todas as que dei para ele ali, guardadas. Lembrei de como, naquela idade, via minha mãe trabalhando, se esforçando, sempre lutando para nos proporcionar uma vida digna.

Lembrei também de quantas vezes conversávamos sobre “o que eu ia ser quando crescer” e os lugares que viajaríamos. Em meio a tantas lembranças, entendi o propósito do Divino ter me levado até ali, e naquela data: fez-me entender que ela está viva, dentro de mim.

É como cita o escritor português Valter Hugo Mãe em “As Mais Belas Coisas do Mundo”: “Não lhe poderíamos falar, mas ela seria um patrimônio dentro de nós, uma recordação que a saberia manter como viva”.

Recomendo a leitura do livro.

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Um bom fim de semana a todos.

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