O vice-presidente do Instituto Social Maat, Flávio Alberto Costa da Silva, e a coordenadora do mesmo instituto, Graziela Costa Leite, apresentaram uma denúncia ao Ministério Público exigindo explicações da Secretaria de Saúde de Salto sobre o aumento na mortalidade infantil no ano de 2023.
Segundo os denunciantes, no último ano, foram 25 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas na cidade, número bem acima do aceitável pela Organização das Nações Unidas, a ONU, que é de 10 mortes para cada mil nascidos vivos.
Procurada, a Secretaria de Saúde informou que não recebeu nenhuma notificação, mas informou que o Comitê de Mortalidade Infantil realiza as investigações para identificar as causas que levaram ao óbito infantil, especialmente aquelas que poderiam ser evitadas. “O Comitê é um importante instrumento de gestão onde é possível, após análise dos óbitos, planejar medidas de intervenção para reduzir a morte de crianças por possíveis falhas na assistência à gestante, ao parto ou ao recém-nascido, bem como avaliar a rede de serviços de saúde”.
“É alarmante notar que Salto superou significativamente o limite estabelecido pela ONU. Precisamos saber qual foi a causa desses óbitos”, apontaram os representantes do instituto.
Ainda na denúncia apresentada, Flávio e Graziela ressaltam o exponencial aumento de 2022 para 2023, quando a cidade saltou de 13,15 mortes para cada mil nascidos vivos para 25 mortes em cada mil.
Os representantes cobram uma apresentação da Secretaria de Saúde que justifique o aumento dos óbitos e que informe as ações que serão realizadas. “Lembrando que, há necessidade de ser implantando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para definir as ações e condutas na área da saúde neste município, principalmente com a implantação de um Pronto Socorro Infantil e UTI pediátrica ou o município continuará contribuindo para morte com o descaso com a vida das suas crianças”, destacam.