A diretora executiva do Instituto Zoom, Adriana de Fátima Sala, foi até a Câmara de Vereadores pedir apoio aos vereadores para continuar e poder ampliar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Segundo Sala, a Prefeitura de Salto colabora com uma mínima participação financeira e que a entidade, referência para os autistas e suas famílias, depende de emendas parlamentares e das emendas impositivas. “Quando falam de autismo na cidade falam do Instituto Zoom e acham que ele é do município ou que ele recebe algo do município. E isso é mentira. O município custeia, hoje, mil e quinhentos reais, pela assistente social, para pagar parte do salário de uma assistente social. Não temos nenhuma parceira com a Saúde e Educação”, disse.
A diretora explicou que, com os recursos já recebidos, poderá atender 200 crianças durante seis meses, além de conseguir realizar 100 diagnósticos e atender 100 pessoas durante o mesmo período. E para seguir oferecendo atendimento de qualidade, ela pediu apoio aos vereadores. “Eu vim pedir ajuda para que vocês possam incomodar um pouquinho o Poder Público. Ano que vem, se o município não assumir algumas responsabilidades, vamos depender das emendas impositivas. As emendas parlamentares vêm, mas elas não são para custeio”.
A maior dificuldade enfrentada é pagar os profissionais que fazem os atendimentos no Instituto, muitos dos quais acabam se tornando especialista no tratamento de autistas. “Nossa maior joia são os profissionais, educadores e médicos, muitos dos quais a cidade não tem, mas que nós temos. São pessoas capacitadas que vem da USP, da Unicamp, que aprendem com a gente e vão embora depois de um tempo sendo especialista em autismo. Nossa cidade tem esse privilégio, mas eu sinto que a cidade não dá valor para isso”, destacou.
Atualmente, o Instituto Zoom atende cerca de 270 pessoas, entre adultos e crianças, mas a fila de espera é de mais de 600 pessoas, que buscam laudo médico ou atendimento multidisciplinar.