Explicação da pasta é que a concorrência pública realizada escolheu o menor preço e que as condições para as prefeituras não são as mesmas para o consumidor comum
A Secretaria de Educação da Prefeitura de Salto comprou 50 smartphones com preços R$ 400 em média acima do praticado no mercado. Os aparelhos foram adquiridos ao preço individual de R$ 2.150, totalizando um valor de R$ 107.500. O preço médio em grandes magazines consultados pelo PRIMEIRAFEIRA foi de R$ 1.765.
Respondendo aos questionamentos do jornal PRIMEIRAFEIRA, a secretaria informou que a escolha da empresa que forneceu os celulares ocorreu através de concorrência pública, sendo contratada a que ofereceu o menor preço unitário na Bolsa Brasileira de Mercadoria, que é uma associação civil, autorreguladora e sem fins lucrativos e com quadro social constituído por sociedades Corretoras de Mercadoria, utilizada como parâmetro de preços.
Em nota, a secretaria ainda informou que os preços dos magazines não servem para comparação porque: “Reforça-se que as compras realizadas pelo poder público devem atender a uma série de procedimentos, formalizações e requisitos que não são impostos para um consumidor comum”.
O contrato de fornecimento da compra foi publicado no sábado (15) no Diário Oficial do Munícipio. Segundo a Secretaria de Educação, os aparelhos serão destinados aos diretores e assistentes de direção dos Cemus, creches, pré-escolas e Cemaee da cidade. De acordo com a secretaria, esses profissionais utilizam hoje os aparelhos pessoais para as atividades de trabalho. “O celular será um instrumento institucional para uso no trabalho, pois até o momento, os gestores usam seu celular pessoal no trabalho”, informou.
A pasta acrescentou ainda que os aparelhos foram adquiridos diante a necessidade dos gestores disporem de um canal de comunicação móvel entre a escola e responsáveis dos alunos para eventuais ocorrências de forma mais rápida e eficiente através de aplicativos de mensagens instantâneas, envio de recados e documentos, agilizando todos os procedimentos”, informou.
A iniciativa está dentro da preocupação da administração no sentido de dar suporte para uma ação mais rápida no combate à violência contra as escolas, que vem sendo registrada com mais frequência nas últimas semanas (veja nesta edição, na página 7, em Polícia, como estão as investigações a respeito dessa onda de violência, como a identificação de uma criança de 11 anos como integrante de um grupo ligado ao homem que matou crianças em creche de Blumenau-SC).
Os smartphones tem as seguintes especificações: velocidade de 2.3 GHz; bateria com no mínimo 5.500 mAh; memória interna de no mínimo 128 GB; tela com 6 polegadas ou mais; Android 11 ou superior; entre outros. Segundo a secretaria, essas especificações foram definidas pela equipe técnica da própria secretaria, que visou aparelhos que tivessem capacidade para armazenar aplicativos de mensagens, gestão financeira e administrativa das Unidades Escolares. Além do botão de pânico que será instalado no celular.