O córrego Santa Cruz, no Jardim Marília, teve sua coloração alterada para azul na manhã de sexta-feira (5) depois de um descarte irregular de tintas no local. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que, quando recebeu a informação do ocorrido na própria sexta, acionou a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Polícia Ambiental e a Guarda Civil Municipal para realizarem uma inspeção no local.
Durante esse trabalho feito por esses órgãos, foi localizado um recipiente com pigmento azul próximo à ponte da Rua Botucatu. Além disso, segundo a Secretaria, outro recipiente e demais vestígios com pigmentos de outras cores foram encontrados às margens do córrego. Através de denúncias de populares, a busca chegou a uma empresa localizada no Jardim Cidade, onde o proprietário e um funcionário foram levados para a Delegacia de Polícia para registrarem o boletim de ocorrência.
No registro do boletim de ocorrência, o funcionário informou que aquelas tintas e outros materiais seriam descartados e que os doou para populares, mas que não viu nenhum deles jogando as tintas no córrego e nem os conhecia. O proprietário da empresa informou, durante o registro da ocorrência, que orientou os funcionários a deixarem os materiais em um local indicado e que não deu ordem para que o material fosse descartado.
O material está sendo periciado para apurar a toxidade e a extensão do dano ambiental causado, mas, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, provavelmente irá acarretar multa a ser aplicada pela Cetesb à empresa, mas sem prejuízo da responsabilização cível e criminal dos envolvidos. A Cetesb foi questionada e informou que nesta semana daria sequência às ações administrativas, mas não confirmou se de fato a empresa será multada e nem se a empresa é reincidente. Mas, a companhia confirmou que houve alteração na coloração da água do córrego. Até o momento nenhuma outra ocorrência no córrego ou nas proximidades havia sido registrada. A empresa também foi questionada pelo PRIMEIRAFEIRA, mas não se manifestou.
A Secretaria de Meio Ambiente ressaltou também que é fundamental que as pessoas jurídicas e físicas entendam o dever de descartar corretamente seus resíduos e que essa responsabilidade é ainda maior quando se trata de resíduos perigosos, quando o descarte deve ser providenciado por empresas especializadas e licenciadas pela Cetesb. “Salienta-se ainda que, como órgão ambiental, a Secretaria está à disposição para orientação e ressalta que, para os resíduos não perigosos, e, desde que em pequena quantidade, a cidade possui uma rede de 11 Ecopontos Fixos, além do Programa do Ecoponto Móvel”, finalizou em nota.