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Família alega “descaso” com morte de idosa no Hospital Municipal

A família de uma idosa que faleceu aos 77 anos registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Salto após acusar “descaso” com o atendimento no Hospital Municipal de Salto. O caso ocorreu no dia 29 de abril.

Ela teria ficado quatro horas esperando na recepção, sem ser internada, apesar de uma carta de encaminhando para atendimento de urgência. Exames feitos de forma errada e falta de equipamentos foram mencionados pelos familiares.

Maria Carmelia de França Sousa passou mal após uma consulta médica no cardiologista. O médico então encaminhou uma carta solicitando urgência no atendimento do Hospital Municipal e a realização de diversos exames.Porém, quando a idosa e os filhos chegou no Hospital, sequer havia onde ela ficar. O filho precisou manobrar o carro e o deixar enfrente a entrada da emergência para que ela pudesse ficar sentada.

Segundo informações, houve demora no atendimento enquanto a saúde da idosa piorava. Alguns exames chegaram a ser feito, mas a idosa não foi internada e aguardou os resultados na recepção durante das duas horas da tarde até às seis horas da tarde. Ainda de acordo com o filho da idosa, houve erro na coleta de sangue.

Quando a idosa disse que iria morrer, o filho a pegou no colo e somente dessa forma conseguiu colocá-la em uma maca. Depois de 50 minutos na maca, ela foi entubada, porém, não resistiu e veio a óbito.

Procurada, a Prefeitura de Salto, através da Secretaria de Saúde, informou que tomou conhecimento do caso e determinou a imediata apuração dos fatos junto ao Hospital para esclarecer as circunstâncias do atendimento prestado. “Caso seja constatada qualquer falha ou indício de negligência, os responsáveis serão devidamente notificados e as medidas cabíveis serão adotadas, conforme a legislação vigente”.

Já oIgats, responsável pela administração do Hospital, esclarece não pode se manifestar sobre casos clínicos específicos, em respeito ao sigilo médico e à privacidade dos pacientes. Entretanto, reiterou que todos os atendimentos realizados em nossa unidade seguem o Protocolo de Manchester, sistema reconhecido internacionalmente e adotado pelo SUS como referência para a classificação de risco.

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