A família de uma mulher, que está acometida por um câncer em estágio avançado, criticou a forma como a paciente foi tratada no Hospital Municipal. Ela deu entrada no hospital na quarta-feira (15) e, apesar dos problemas de saúde, foi mantida em uma cadeira de rodas, recebendo apenas soro.
Ela só foi transferida para um leito com aquecimento após a chegada da advogada da família. Em contato com a reportagem do PRIMEIRAFEIRA, a advogada explicou que a paciente está com um problema de não conseguir evacuar há uma semana e, por isso, estaria tendo uma piora no quadro. Segundo a advogada, os médicos alegaram que não poderiam fazer nada.
“O câncer dela está em estágio avançado que necessita de medidas efetivas do que um simples ‘sorinho’. Ela está correndo risco de morte. Ela tem diabetes e não foi ministrado nenhum remédio para essa doença. Tenho gravações de médicos dizendo que não podem fazer nada até que evacue. Só que ela não evacua, então precisa de uma ação efetiva”.
A paciente foi encaminhada para tratamento em Sorocaba, porém, o atendimento deve ser realizado apenas daqui a 20 dias. “Pode ser que não de tempo”, lamentou a advogada. “Queremos que ela tenha um tratamento digno e com humanidade.
A Secretaria de Saúde informou, após ser procurada pela reportagem, que não poderia fornecer informações sobre a paciente em cumprimento à Lei 13.709, de 14 de agosto de 2018 (LGPD – Lei Geral de Proteção de dados). A pasta ainda ressaltou que a unidade hospitalar dispõe de canal oficial, o Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) 24h, no qual quaisquer pacientes que estiverem passando por atendimento poderão contatar para exercer a democracia. Além do SAU, a Secretaria Municipal de Saúde informa os demais canais de “Acolhimento da Saúde” e Ouvidoria Geral do SUS.