O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo realizou uma auditoria surpresa em 170 unidades de saúde gerenciadas por organizações sociais, as conhecidas OSs, e ela revelou uma série de problemas. Em mais de 30% delas, existem equipamentos quebrados e, em mais de 10%, há remédios vencidos.
Também foram identificadas falhas diversas no armazenamento de remédios e na limpeza das unidades visitadas; a inexistência de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros; e dificuldades para a transferência de pacientes.
O Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, de Salto, administrado pelo Instituto de Gestão, Administração e Treinamento em Saúde, o Igats, foi um dos vistoriados e, apesar de não apresentar grandes problemas, foram identificadas várias irregularidades.
A principal delas é a falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, documento que atesta o respeito às regras de segurança contra incêndios. Além disso, o Tribunal de Contas encontrou medicamentos armazenados que estavam encostados nas paredes da unidade, indo na contramão do que indica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, através de uma resolução de 2020.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que todos os apontamentos do Tribunal de Contas serão respondidos em relatório, conforme prazo estipulado pela Controladoria Interna Municipal. E não negou nem confirmou os problemas.