Professores e funcionários das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) de São Paulo entraram em greve na terça-feira (8) para reivindicar reajuste salarial. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, a greve irá perdurar por tempo indeterminado, até que haja uma negociação para um acordo com as partes envolvidas.
“Temos perdas salariais acumuladas há anos. Enquanto a inflação avança mês a mês, nossos salários seguem congelados e perdendo poder de compra. Queremos que a Superintendência do Centro Paula Souza e o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) negociem com nossa entidade sindical a reposição destas perdas”, informou o sindicato da categoria.
Os sindicalistas citam o recente aumento, de 50%, nos salários do governador e secretários, como justificativa pela greve, uma vez que a proposta inicial do governo de São Paulo foi de um reajuste de 6% aos profissionais das escolas. O sindicato ainda cobra o pagamento imediato do “bônus resultado”, revisão de carreira, contratação de mais funcionários e a defesa do ensino oferecido pelas escolas técnicas após a proposta do governador em implementar o ensino técnico na rede estadual. “A possibilidade de uma rede paralela de ensino técnico, sem investimentos, sem estrutura laboratorial e sem contratação de professores habilitados, será um golpe de morte nas nossas Etecs”.
Conforme apuração da reportagem do PRIMEIRAFEIRA, as Fatecs de Itu e Indaiatuba aderiram à greve, ao menos parcialmente. Já a Etec de Itu informou, por meio de nota à reportagem, que as aulas da Martinho Di Ciero continuam a ocorrer normalmente.
De acordo com o Centro Paula Souza, a bonificação por resultados deverá ser paga entre setembro e outubro. A entidade ainda promete que uma proposta do novo plano de carreira será encaminhada para análise até setembro e as contribuições do Centro Paula Souza serão avaliadas. Além disso, o Centro Paula Souza informou que adotará as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados.