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Greve de professores e técnicos do Instituto Federal afeta 1,3 mil estudantes em Salto

Professores e técnicos do Instituto Federal de São Paulo, Campus Salto, aderiam na segunda-feira (8) à greve nacional, deflagrada no último dia 3 de abril. A greve já tem adesão de servidores federais de 386 unidades de ensino em 23 Estados do país, na contagem do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, o Sinasefe.
Segundo uma nota da assessoria de imprensa do Campus Salto, dos 70 professores da unidade, 39 aderiram à paralisação. Em relação aos técnicos administrativos, apenas oito dos 39 estão participando. Até quarta-feira (10), os estudantes não haviam realizado uma assembleia para decidirem ingressar ou não na manifestação. Cerca de 1.300 alunos estudam na instituição.
Segundo o sindicato da categoria, as principais reivindicações são reajuste salarial variando entre 22,71% e 34,32%, de acordo com a categoria; reestruturação das carreiras; revogação das normas que “prejudicam a educação federal”; reajuste dos auxílios e bolsas aos estudantes e a recomposição do orçamento voltado às unidades de ensino.
Em um comunicado publicado nas redes sociais da unidade de ensino, a direção-geral do Campus Salto informou que as atividades acadêmicas e administrativas estavam mantidas. “A direção-geral do Campus Salto respeita o direito constitucional de greve dos docentes e técnicos administrativos e reconhece a legitimidade de suas reivindicações, assim como o direito individual de cada um em decidir aderir ou não ao movimento. Sendo assim, cada coordenador, ou o próprio professor, irá informar às turmas quais as aulas que ocorrerão durante o período de greve”.
Procurada pela reportagem do PRIMEIRAFEIRA, a entidade informou que mantém reuniões com o comando da greve para o melhor planejamento.
O governo federal, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, apresentou na quarta-feira (10) uma proposta de reajuste e benefícios aos servidores. Segundo o governo, a proposta é de 4,5% de reajuste para 2025 e 4,5% de reajuste em 2026. Além disso, o auxílio alimentação passará de R$ 658 para R$ 1 mil; auxílio saúde per capita médio de R$ 144,38 para cerca de R$ 215; e auxílio creche de R$ 321 para R$ 484,90. Para este ano, a proposta de reajuste segue zero. Os servidores têm até sexta-feira (19) para responder ao governo.

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