O leitor do PRIMEIRAFEIRA Antonio Zaparolli, do Jardim Bandeirantes, denunciou ao jornal que há diversos recipientes com água acumulada no Ecoponto do bairro. Antonio relatou que ele e diversos outros moradores do bairro já contraíram dengue e muitos acreditam que essa situação no Ecoponto esteja colaborando com o aumento de casos da doença no bairro. Até o dia 22 de março haviam sido registrados 135 casos da doença na cidade.
A Prefeitura de Salto foi questionada pelo jornal e em nota informou que o Ecoponto é somente uma transferência de carga. Ela assegurou que não fica material acumulado no local. Segundo a nota, todas as caçambas são coletadas semanalmente e, quando necessário, a coleta ocorre mais de duas vezes.
“No caso do lixo eletrônico, a coleta ocorre uma vez a cada 10 dias. Nesse caso, a caçamba fica coberta com lona. O mesmo acontece com pneus, seguindo todos os cuidados necessários”, informou.
Mas, segundo o leitor, desde junho do ano passado é comum encontrar com frequência objetos com água parada por vários dias no Ecoponto. “Eu, como morador do bairro, acho incorreto ter esse local de descarte perto das casas, pois fica a menos de 15 metros das casas e as latas descartadas na caçamba ficam com água parada vários dias até que a caçamba fique lotada. Todos da minha rua contraíram dengue no ano passado. Não posso afirmar que seja de lá, mas estou sempre vendo as caçambas e sempre tem água”.
O morador informou que todos os dias há funcionário no local, mas as caçambas só são retiradas quando estão cheias e, às vezes, demora, pois depende da quantidade de descarte dos moradores.
De acordo com a Prefeitura, em função do aumento dos casos de dengue, os funcionários do Ecoponto foram orientados a esvaziem os recipientes menores e que nenhuma larva foi encontrada nos Ecopontos até o momento.
“Para a prevenção contra a dengue, a Prefeitura tem orientado ainda os garis responsáveis pelos Ecopontos a esvaziar os recipientes menores e, quando houver local com água parada de forma que impossibilite sua retirada, a instrução é o tratamento com cloro. A Secretaria do Meio Ambiente tem feito a fiscalização de vigilância nos Ecopontos e, até então, não foram encontradas larvas”, finalizou.