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‘Não se afobe não, que nada é pra já’, diz Chico Buarque, mas será?

A música ‘Futuros Amantes’ fala de um amor que pode esperar. Só que na prática ninguém mais tem paciência

 

Você para no semáforo vermelho e, assim que o verde aparece, alguém atrás buzina como se você tivesse dormido ao volante.
Quem nunca viveu uma situação dessas?
Hoje em dia a impaciência é palavra de ordem nos relacionamentos de toda natureza, segundo a psicóloga Simony Correia. Ela afirma que todos nós estamos vivendo uma situação de ruptura da comunicação. Esse comportamento leva a diversos conflitos.
O PRIMEIRAFEIRA foi ouvir as pessoas na rua para saber como elas estão sendo impactadas por esse novo modo de agir.
Uma moradora de Salto, que preferiu não se identificar, relatou que vive situações complicadas constantemente, pois as pessoas não possuem paciência nem empatia com o próximo.
“Uma vez eu estava no supermercado em um caixa de autoatendimento, mas, por algum motivo, o aparelho não estava lendo o código de barra dos produtos. Pedi ajuda a uma funcionária que estava próxima, porém ela não veio me ajudar e me ignorou. Me senti mal com a situação”, relatou.
Outra moradora, Lúcia Avelar, afirmou que o cúmulo do que já viveu foi informar uma amiga no caixa eletrônico que não estava no caixa correto e, só depois de 20 minutos de tentativas infrutíferas, a pessoa perceber e aí reclamar com ela: “Por que não me avisou?”.
Simony Correia explica que essa falta de paciência é fruto do desequilíbrio emocional das pessoas hoje em dia.
Segundo a psicóloga, essas situações podem surgir através de diversos fatores, como falta de comunicação, excesso de cobrança, competitividade, frustração, entre outros.
“Com esses comportamentos, os níveis de paciência e autocontrole sobre as ações vem se agravando e, consequentemente aumentando os conflitos nas relações interpessoal e intrapessoal”.
A saída é fazer uma autoavaliação e anotar os pontos onde exagerou para fazer a correção.
“É preciso ter comunicação com uma escuta mais atenta e afetiva. Além disso, também é possível buscar técnicas de meditação, treinos de relaxamento, técnicas de respiração e mudança de mindset (organização mental), priorizando alguns comportamentos e padrões mais sociáveis para todos”, finalizou.
Outra maneira de controlar a impaciência é por meio do mindfulness, palavra que pode ser traduzida como “atenção plena”, que é a prática de se concentrar completamente no presente.
Em atenção plena, as preocupações com passado e futuro dão lugar a uma consciência avançada do “agora”, que inclui percepção de sentimentos, sensações e ambiente.
Essas práticas são fundamentais, segundo os especialistas, porque a vida moderna contribui para a impaciência. “Vivemos em uma sociedade que valoriza a produtividade e a eficiência. Queremos fazer tudo o mais rapidamente possível para poder fazer mais coisas em menos tempo. Esse estilo de vida acelerada pode nos levar a querer que tudo aconteça imediatamente, mesmo quando isso não é possível”, disse o psicólogo Lauro Pestana.
A tecnologia é outra que tem contribuído para a impaciência generalizada. Vive-se em um mundo onde tudo acontece em tempo real. Tem-se acesso instantâneo à informação, se pode comprar produtos online e recebê-los no mesmo dia e até mesmo se comunicar com pessoas em qualquer parte do mundo instantaneamente. Assiste à guerra ao vivo.
Para quem vive essa facilidade, não há como não se acostumar a ter tudo de forma rápida e fácil e ser impaciente.
“Mas o que você quer para a sua vida?”, perguntou o psicólogo.

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