Olá, amigo leitor. Começamos o mês “mais longo” do ano que é agosto com boas notícias que devem impactar positivamente as nossas vidas nos próximos meses.
O Brasil é um país polarizado, politicamente falando, e um grande ponto de discussão, independente da linha de governo, é o quanto se permite a imposição de medidas políticas sobre a economia e o país. Hoje, o Banco Central possui independência o que é um fator importantíssimo. Quando a economia vai bem, não se questiona muito essa autonomia e, no sentido contrário, quando surgem desafios econômicos a pressão pela queda dessa independência se intensifica. Quando o governo decide por si só tomar as decisões que considera serem as adequadas para a economia do país, sabemos onde isso acaba e temos três exemplos claros disso, como por exemplo os problemas econômicos da Venezuela e Argentina, aqui do lado, e da economia turca que também sobre interferência direta da política e sabemos no que isso está resultando.
Na semana passada o Brasil teve uma grande notícia que foi a melhora da sua nota de crédito pela Fitch, agência que analisa a economia dos países e, com base em dados econômicos e outros fatores, dá uma nota para a qualidade da dívida do país. O Brasil, pela Ficth, possuía uma nota de dívida de “BB-” e agora passou para “BB”. É como o score que temos no Serasa quando vamos contratar uma linha de crédito. Quanto melhor o nosso score, mais acesso temos a linhas de crédito e as condições também são mais vantajosas quando o nosso score é mais alto. No caso da dívida dos países esse Score é chamado de rating. Quando melhor o rating da dívida do país mais atraente esse país se torna para investimento externo e mais barato fica para esse país emitir e refinanciar os títulos de sua dívida. Essa semana os Estados Unidos tiveram seu rating reduzido de AAA para AA+.
Na quarta-feira (2) houve a divulgação da nova taxa Selic, com redução de 0,50%, saindo de 13,75% a.a. para 13,25% a.a. Pode parecer pouco, mas é um sinal de que estamos o conseguindo controlar a inflação e a mantendo sob controle então podemos ter mais cortes dessa taxa futuramente. Assim, financiar automóvel, imóvel e contratar empréstimos tende a ficar menos caro para nós brasileiros que já pagamos juros demais em qualquer linha de crédito que contratamos hoje.
“A importância da independência do BACEN foi constatada nas duas últimas semanas por dois motivos, o controle da inflação está permitindo uma redução da nossa taxa básica de juros enquanto o mundo está aumentando suas taxas por descontrole inflacionário e a melhora do rating da dívida brasileira que atesta que a nossa economia está dando sinal de melhoras”.
Ainda há muito trabalho a ser feito, estamos no meio da aprovação do projeto de reforma do nosso sistema tributário que é necessária e que é um projeto de longo prazo que, para funcionar da forma como precisa, deve demorar pelo menos duas décadas, uma vez que a complexidade de mudar o sistema tributário de uma das dez maiores economias do mundo não é uma tarefa simples. Temos um sistema tributário complexo e caótico e para a nossa economia evoluir isso precisa ser simplificado. Por fim, ainda não percebemos, mas estamos vivenciando o começo de uma grande mudança. Ela será positiva? Ainda é cedo para falar sobre isso, mas a perspectiva é positiva. A reforma tributária é um projeto tão importante como o plano real que foi o mais bem sucedido projeto de estabilidade econômica do Brasil e que ainda segue em andamento há quase trinta anos e está sendo tecnicamente bem-sucedido mesmo com as mudanças de governo das últimas décadas.
Obrigado pela atenção amigo leitor e até o nosso próximo bate papo.
Vida longa e próspera!