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O projeto ‘Disk Mudas’

O projeto “Disk Mudas”, criado recentemente pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura, surge como uma iniciativa interessante para a preservação ambiental em Salto. Ao oferecer uma ampla variedade de mudas, incluindo árvores nativas, frutíferas e até plantas de temperos, a Secretaria ataca duas frentes ao mesmo tempo. Promove o reflorestamento e estimula a conscientização e uma maior conexão da população com a natureza.
Em um primeiro momento, uma crítica que poderia ser feita é a de que a pasta estaria dando margem para que o plantio de árvores fique mais confuso e ineficiente do que já é hoje, posto que libera ao cidadão o plantio, o que já aconteceu no passado e os resultados foram árvores inadequadas, plantio sem critério e sem constância e a falta de um sistema de reposição para árvores que tiveram de ser removidas ou por não estarem adequadas ou por envelhecimento.
Mas o secretário Flávio Garcia cuidou disto antes que as críticas viessem e estabeleceu como estratégia que técnicos da pasta façam visitas ao local onde o cidadão pretende plantar a muda e ainda farão a sugestão da melhor espécie a ser plantada. Dessa forma, o ecossistema fica resguardado, pois se terá mudas adequadas ao espaço disponível e às condições ambientais específicas, o que evita o desperdício de recursos e se maximiza o potencial de crescimento das árvores a serem plantadas, sem contar a conscientização.
Também a decisão de limitar em duas por pessoa a concessão de mudas mostra um compromisso em garantir que o projeto beneficie o maior número possível de cidadãos, sem comprometer a disponibilidade de mudas para outros interessados. Essa medida também incentiva uma distribuição equitativa das mudas, contribuindo para uma maior diversidade vegetal em toda a cidade, que é o que é necessário neste momento de recomposição do verde nas vias públicas para que Salto volte a ter um bom clima.
Nesse quadro, é importante ressaltar o desafio representado pela presença da espécie invasora Spathodea Campanulata, popularmente conhecida como Tulipeira-africana. É bem-vindo o decreto municipal que autorizou a sua remoção a partir desta semana, mas se deve frisar aqui que a remoção de árvores exóticas como essa deve ser realizada com cuidado e planejamento adequado. É fundamental ainda que o processo de substituição das espécies invasoras seja acompanhado de educação ambiental.

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