Psicóloga orienta como estudantes devem encarar as provas e como familiares e amigos podem ajudar; o ponto central é que o teste é apenas o começo dos desafios que enfrentarão
O segundo dia de prova do Enem 2023 será neste domingo (12) e muita expectativa gira em torno desta prova, principalmente para os estudantes, mas também por seus familiares e amigos. Muitos “encaram” o Enem como sendo um momento decisivo em suas vidas e, quando o resultado não é o esperado, a frustração toma conta desses estudantes.
A psicóloga clínica Maíra Fernanda do Amaral afirma que, principalmente para os jovens que estão se formando no Ensino Médio, é gerada uma grande cobrança sobre qual carreira seguir e para serem decisivos em suas escolhas, o que faz com que a expectativa sobre o resultado do Enem seja maior ainda.
Entretanto, a psicóloga ressalta que, se o resultado não for o esperado, é normal se frustrar e afirma que esse sentimento faz parte da vida, mas que é bom fazer a sua parte e ter em mente que o resultado é uma soma de diversos fatores e que estes nem sempre ocorrem da forma esperada.
Se o resultado atingido não for o satisfatório, é importante aproveitar o momento para refletir sobre os aprendizados, identificar quais erros foram cometidos na prova e focar em aperfeiçoá-los, em realizar cursos preparatórios ou até mesmo estágios. Maíra destaca ainda que o ser humano tem uma grande capacidade de se reinventar diante das adversidades.
Os familiares e amigos devem apoiar esses estudantes e ajudá-los no processo de “tentar de novo”, mostrando que isso é algo natural, já que todos estamos sujeitos a erros e a acertos no decorrer da vida. Para os pais, a psicóloga ressalta que é importante estarem cientes de que o que está no controle dos seus filhos é manter uma disciplina e dedicação nos estudos, mas não uma garantia de uma ótima pontuação na prova.
“Importante o estudante ter em mente que tanto o Enem como outros vestibulares não são fatores determinantes de sucesso e que não são também os únicos desafios ou oportunidades que passarão em suas vidas. E sim um dos muitos caminhos que poderão contribuir para a carreira profissional desses estudantes. Esta depende de muitos fatores além do estudo, como, por exemplo, dedicação, experiência prática, relações interpessoais e maturidade. Além de que a motivação inicial ao se inscrever em um curso pode sofrer alteração com o passar dos anos, aquilo que antes fazia sentido pode mudar, mas está tudo bem. Às vezes, será necessário vivenciar uma situação para poder decidir tomar outro rumo”, finaliza a psicóloga.