Com a realização do 1º Campeonato Sul-Americano de Vôlei da Melhor Idade em Salto, na semana passada, o secretário de Esportes da Prefeitura, Valdir Líbero, mostrou que o tempo continua sendo o melhor remédio para discussões acaloradas, que não têm base em fatos, como a proibição de uso das escolas do município para atividades diferentes do ensino regular tradicional.
A competição reuniu cerca de 2 mil pessoas, entre competidores, técnicos, dirigentes, árbitros e torcedores dos Estados de São Paulo, Paraná, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, além dos países Argentina, Chile e Uruguai, e todas ficaram alojadas em escolas do município sem nenhum problema de comportamento ou de má conduta, como ocorreu nos jogos universitários em abril.
Naquela oportunidade, alguns dos estudantes de Medicina, que estiveram na cidade para as competições, fizeram algazarras, consumiram drogas e bebidas alcoólicas e soltaram rojões em locais inapropriados, o que colocou as pessoas próximas das escolas em polvorosa e as levaram a pressionar vereadores a tomarem medidas e isto acabou acontecendo por meio da proibição.
Embora o texto do projeto apresentado trouxesse logo no artigo 1º um parágrafo que excetuava a proibição a atividades de interesse público, devidamente justificadas em requerimento escrito endereçado ao Poder Executivo, ou seja, se fosse dito à Prefeitura que o uso dos prédios atenderia à coletividade, ele poderia ser autorizado, como sempre aconteceu, a proposta impôs outros riscos.
As atividades culturais, que também utilizam os prédios escolares para abrigo, poderiam ser prejudicadas, caso a sua solicitação fosse considerada fora dos padrões definidos. O prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) elaborou outro projeto para tentar reverter esse risco e esse novo texto definiu o que já se tinha anteriormente, ou seja, caberá à Prefeitura sempre a palavra final de decidir o uso.
Todo esse imbróglio serviu para mostrar apenas e tão somente que as decisões devem ser tomadas longe do clima quente dos episódios que as levaram a serem tomadas. E mais: não é porque alguns dos estudantes dos Jogos Universitários exageraram que todo uso do tipo das escolas não serve ou é inadequado. A cidade ganha com esses usos e as escolas não perdem.