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Papai Noel da Praça XV já queria viver o personagem aos 12 anos

Todos os anos, há quatro décadas, Jardel Donizete Lopes dedica todo o seu final de ano para manter viva a magia do Natal. Ele é o Papai Noel, o bom velhinho. Nos últimos dez anos, é ele quem vem encantando as crianças e adultos na Praça XV de Novembro.
O PRIMEIRAFEIRA foi até o bom velhinho para conversar sobre essa relação mágica. Jardel contou que essa tradição começou bem cedo, ainda aos 12 anos. E de lá para cá não parou mais: ao longo do tempo ele vem ganhando identificação com o personagem mais querido das crianças e que invade o imaginário delas todo ano.
“As festas natalinas eram tradição familiar. Eu tinha um tio que adorava fazer enfeites e árvores estilizadas. Num dia, ele entregaria uma dessas para o meu irmão mais velho. Então eu pedi para ser o Papai Noel dessa entrega. Rapidamente improvisamos um figurino, usando um chale e uma barba feita de algodão com cola de trigo. E assim, lá fui eu todo feliz estrear no personagem”, explicou.
Após sua primeira “aparição”, Jardel recebeu convite para recepcionar clientes em um estabelecimento comercial da cidade, mas desta vez, devidamente caracterizado como o bom velhinho. “Pronto, estava determinado o meu caminho”, recorda-se.
Vestindo sua fantasia, Jardel diz viver um momento mágico também. “Durante esse trabalho eu sinto que realmente sou o Papai Noel. Tenho a sensação de ter a magia de realizar sonhos, não apenas os meus, mas das outras pessoas”.
Entre tantos pedidos que recebeu nesses 40 anos como Papai Noel, um em especial marcou até mesmo o bom velhinho, não pelo presente em si, mas por conhecer a pessoa que fez o Natal de uma criança ser ainda mais especial com o seu gesto de solidariedade.
“Muitos foram os momentos emocionantes, mas o que mais me marcou foi um acontecido em 2002, quando trabalhava em um shopping na cidade de Itu. Na época havia a chamada “Árvore da Solidariedade” onde as pessoas podiam escolher uma criança para apadrinhar. Soube que uma das crianças havia ficado deslumbrada, pois ganhou um skate que sempre sonhou. Pensei que seria maravilhoso conhecer quem apadrinhou essa criança, mas sabia o quão difícil seria. Mas Deus me ouviu. Fui ao banheiro e na volta encontrei um rapaz que me perguntou como estava sendo a reação das crianças, já que ele tinha oferecido justamente o skate. Então contei-lhe tudo e fizemos uma festa depois”.
O Natal é sempre uma data de alegria, mas o deste ano, porém, será diferente para o Papai Noel, já que será o primeiro Natal sem a presença de sua mãe. Ela, que o ajudava a confeccionar suas vestimentas, agora ficará lembrada nas memórias de Jardel. “Durante todos os anos sempre tive como mentora e colaboradora a minha querida mãe Olívia, que pesquisava tecidos que causassem admiração nos adultos e encantassem as crianças. Infelizmente, neste ano, não a tenho mais comigo e isso está sendo bem difícil. Pelo menos ainda posso contar com minha irmã. Juntamos nossas dores e tentamos fazer o melhor em homenagem à nossa mãe”.
A dor de Jardel será recompensada pela alegria no sorriso de cada criança que conversa com ele, que faz o seu pedido e que mantém viva a magia do Natal. “É emocionante e compensador. Os pedidos das crianças me levam a pensar sobre a realidade”.

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