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Para reduzir perda de água, Saae trocará mais de 14 mil hidrômetros até o fim de 2024

Número corresponde a 25,2% do total de equipamentos de medição da cidade; autarquia atribui metade das perdas, hoje em 38,91%, à idade desses medidores, que chega a até 20 anos na cidade

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos, o Saae, iniciou dia 6 de dezembro a troca de hidrômetros mais antigos na cidade, que foram indicados através de um levantamento feito pela própria autarquia. A expectativa é que até o fim de 2024, 14.275 hidrômetros tenham sido trocados. O número corresponde a 25,2% do total de 56.434 hidrômetros em operação hoje. Dos 14.275, 10.589 fazem parte do financiamento no âmbito do programa Avançar Cidades, que será utilizado para a construção da ETA Jundiaí e para contrapartidas, como a aquisição desses hidrômetros.
Os outros 3.686 equipamentos foram adquiridos pelo Saae através do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, o Fehidro, por meio do Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio Sorocaba e Médio Tietê, que abrangem ações referentes ao Ribeirão Buru. Os hidrômetros adquiridos junto ao Fehidro substituirão os equipamentos antigos da região Noroeste.
A ação começou com a troca de 100 hidrômetros de residências da Rua Vital Brasil e adjacências no Jardim São Francisco. De todos os 56.434 hidrômetros instalados, 36.522 têm mais de cinco anos de vida útil, sendo que 7.937 já ultrapassaram 10 anos de uso; 3.531, 15 anos; e 2.363 mais de 20 anos. “As trocas obedecerão, na medida do possível, ao critério de antiguidade – os hidrômetros mais velhos serão priorizados e trocados primeiro,” informou o Saae.
A recomendação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o Inmetro, é que hidrômetros com mais de cinco anos de vida útil sejam trocados, já que as engrenagens internas dos equipamentos se desgastam e podem ficar parcialmente obstruídas deixando de registrar o volume real de água que passou por ele.
Em resposta ao PRIMEIRAFEIRA, a autarquia informou que cerca de metade do índice de perdas de água na cidade corresponde a leituras defeituosas de hidrômetros antigos, que estão travados, embaçados ou inacessíveis, além de ligações clandestinas e até mesmo subtração do micro medidor. Esse tipo de situação é denominado perda aparente, pois há proveito da água, mas não a medição. “Todas essas ações são feitas para o combate a perdas de água – a meta prevista no Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Salto, de 2021, é reduzir o índice dos atuais 38,91% para 20% até 2040”, finalizou a autarquia.

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