Dias atrás, enquanto rolava a página inicial do Instagram, me deparei com uma imagem interessante. Era uma sequência de quadrinhos e o primeiro deles estava escrito “salão para a beleza interior”. Os próximos mostravam algumas escadas rolantes que levavam para vários departamentos como cinema, teatro, biblioteca e museu. Em comum, todos importantes aparelhos culturais que são fundamentais para a sociedade, elementos que aliviam a alma e aquecem o coração, e servem mesmo para a beleza interior.
Recentemente, uma pesquisa do Instituto Datafolha e da Fundação Itaú Cultural apontou um dado motivador para quem trabalha com Cultura. “…para 61% das pessoas entrevistadas, a Cultura consegue, ainda, diminuir estresse, tristeza, ansiedade e solidão. A maioria também vê efeitos positivos das atividades culturais nas relações em casa e no trabalho.” (Trecho extraído da página do Facebook do Ministério da Cultura).
Ao mesmo tempo que o dado é motivador, expõe um desafio: é preciso cada vez mais que instituições públicas ou privadas invistam na Cultura como ferramenta que pode até mesmo melhorar a saúde mental das pessoas.
Movimentos culturais, festas e as diversas linguagens do setor têm o poder de transcender e nos levar a um lugar outro no momento que determinada atividade está sendo realizada ou mesmo apreciada, pelo deleite. No segundo semestre do ano passado participei de um curso sobre Miguel Dutra (artista ituano) promovido pelo Museu Republicano de Itu. Procurei fazer o curso motivado por estabelecer uma possível conexão entre o artista e a cidade de Cabreúva. Chegando na primeira aula, encontrei um amigo que há tempos não via, perguntei o que o teria motivado a fazer aquele curso quando me veio a resposta: apenas pelo deleite.
Ele não sabe como aquilo me impactou e trouxe-me uma reflexão, a Cultura é também um ato de se permitir deleitar-se, de viver aquela experiência sem a necessidade prática e/ou imediata de uma funcionalidade, apenas pelo prazer.
Continua no próximo texto…
Um bom fim de semana a todos e todas!